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Estado de Minas

'Cena choca pela selvageria', diz deputado ap�s visitar pres�dio em RR


postado em 06/01/2017 18:01

Bras�lia, 06 - "� uma cena que choca pela brutalidade, pela viol�ncia, pela selvageria". Essa � a forma como o deputado federal Hiran Gon�alves (PP-RR) conseguiu descrever o cen�rio deixado na madrugada desta sexta-feira, 6, na Penitenci�ria Agr�cola de Boa Vista (PAMC), onde cerca de 30 detentos foram mortos.

M�dico-legista aposentado, o deputado esteve no local do novo massacre no in�cio da tarde. "Sai h� pouco da penitenci�ria. Aparentemente foi uma guerra entre a mesma fac��o. A maioria dos detentos que est�o ali s�o do PCC e houve uma guerra entre os presos mais antigos com os mais novos", afirmou � reportagem o parlamentar.

Segundo ele, um dos problemas enfrentados no momento � com a "montagem" dos corpos daqueles que ap�s serem mortos, tiveram parte do corpo dilacerada. "A nossa estrutura de remo��o de cad�veres n�o est� dimensionada para eventos dessa natureza. At� para a gente fazer a remo��o dessa quantidade de cad�veres � um problema. Para se ter uma ideia, eu sai de l� h� cerca de uma hora e ainda havia cerca de 20 cad�veres para serem removidos. Um dos problemas encontrados � o fato de integrantes da equipe de necropsia terem de montar os cad�veres. A maioria foi decapitada e muitos tiveram seus cora��es e v�sceras arrancados e at� membros inferiores dilacerados", relatou o parlamentar.

De acordo com o deputado com a presen�a da equipe de elite da Pol�cia Militar o ambiente no local, no momento, � de certa tranquilidade. "Agora est� mais calmo. O Bope est� l� dentro com cerca de 50 homens, os presos est�o nas alas. Tem uma ala que se chama favela que era uma quadra de esportes usada por presos de menor potencial ofensivo. Esses presos est�o todos l�, isolados para a realiza��o de uma contagem", disse.

Integrante da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito do Sistema Carcer�rio, o deputado discorda das considera��es do ministro da Justi�a, Alexandre de Moraes, que n�o v� no massacre desta madrugada a cria��o de uma poss�vel onda de matan�a dentro dos pres�dios. "Apesar de o ministro achar que n�o tem conex�o com o caso de Amazonas, eu acho que o clima de viol�ncia contamina os demais pres�dios".

Em entrevista concedida na manh� desta sexta no Pal�cio do Planalto, o ministro afirmou que o que est� acontecendo no Pa�s � o que se chama, no sistema prisional, de "morte oportunista", quando, a partir de uma rebeli�o, os presos come�am a querer agir contra os seus desafetos.


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