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Estado de Minas

Crime organizado � disputado por 27 fac��es no Pa�s


postado em 08/01/2017 09:13

S�o Paulo, 08 - As fac��es criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV) disputam o dom�nio do tr�fico de drogas nas fronteiras do Pa�s. Por isso, est�o em guerra e buscam aliados do crime em todos os Estados. Na �ltima semana, mais de 90 presos foram brutalmente assassinados em massacres ocorridos em penitenci�rias do Amazonas e de Roraima. No total, segundo autoridades que investigam o crime organizado, pelo menos mais 25 fac��es criminosas participam dessa disputa, apoiando o PCC ou o CV.

Enquanto a fac��o paulista, ap�s matar o narcotraficante Jorge Rafaat - que era o grande intermedi�rio entre traficantes paraguaios e brasileiros -, em junho de 2016, passou a dominar o tr�fico de drogas e de armas na fronteira com o Paraguai, o CV, via Fam�lia do Norte (FDN), controla o tr�fico na fronteira com o Peru, no caminho conhecido como Rota Solim�es.

Segundo delegados e promotores, os grupos criminosos querem o controle das duas fronteiras.

De acordo com o procurador de Justi�a Marcio S�rgio Christino, especialista em investiga��es sobre o crime organizado, PCC e CV firmaram alian�a no final dos anos 1990. Naquela �poca, a fac��o paulista come�ou a vender drogas no Rio por �atacado� e, ao mesmo tempo, passou a investir o dinheiro do crime na expans�o de atividades em outros Estados, formando parcerias com grupos locais.

�Percebemos que o PCC dava aos bandidos locais a estrutura e no��o de organiza��o que eles n�o tinham. Por isso, acabou ganhando in�meros simpatizantes em v�rios Estados. Isso fez a fac��o crescer e se expandir. Enquanto o CV consolidou o dom�nio na maioria dos morros do Rio, principais mercados de consumo de drogas no Pa�s�, diz Christino.

Com um ex�rcito de 10 mil homens - 7 mil nos pres�dios e 3 mil nas ruas -, o PCC se tornou a principal fac��o criminosa do Brasil e movimenta, segundo o Minist�rio P�blico Estadual (MPE), 40 toneladas de coca�na e R$ 200 milh�es por ano.

Esse comportamento, por�m, trouxe inimigos dentro do crime, que s�o fac��es menores concentradas principalmente no Norte e Nordeste. �Os bandidos rivais de S�o Paulo est�o em fac��es menores que n�o fazem diferen�a no cen�rio da criminalidade do Estado�, afirma Christino.

Para o procurador, com a morte de Rafaat, que foi assassinado com tiros de metralhadora calibre .50 (capaz de derrubar um helic�ptero), o Comando Vermelho acabou virando dependente do PCC no tr�fico na fronteira com o Paraguai. �A partir desse momento, a alian�a foi rompida. E as consequ�ncias est�o aparecendo, que s�o os massacres nos pres�dios�, afirma o procurador.

Para o promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atua��o Especial de Combate e Repress�o ao Crime Organizado (Gaeco), o CV percebeu a necessidade de fazer alian�as com outros grupos criminosos para enfrentar o PCC. O grupo do Rio ent�o se aliou � FDN, fac��o que comanda o crime no Amazonas e domina a cobi�ada Rota Solim�es, e determinou a morte de membros do PCC em cadeias do Norte. O CV tamb�m fez aliados em outros Estados do Norte e Nordeste.

Em contrapartida, a fac��o paulista ganhou mais for�a nas regi�es Sul e Sudeste do Pa�s, principalmente no Paran� e Mato Grosso, o que consolidou o dom�nio na fronteira com o Paraguai.

As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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