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Estado de Minas

FDN enfrenta fac��es ligadas a PCC para crescer


postado em 08/01/2017 10:13

Manaus, 08 - Se estar ao lado dos tr�s maiores produtores de coca�na do mundo fez a fac��o Fam�lia do Norte (FDN) se expandir nos �ltimos seis anos, o poder adquirido ainda n�o foi suficiente para que represente uma for�a dominante em toda a Amaz�nia. Imitar o modelo de fac��es como o Comando Vermelho (CV) garantiu o tradicional pagamento de mensalidade por parte dos afiliados e a FDN se estabeleceu como dominante em parte da fronteira. O grupo quer agora consolidar o dom�nio dessa rota, ocupando um v�cuo de fac��es no Par�, e ter maior acesso � Bol�via, por meio de sua expans�o no Acre e em Rond�nia.

Tudo isso n�o deve acontecer sem novas disputas, que podem incluir brigas nas penitenci�rias, como em Manaus, que deixou 56 mortos. Para executar seus planos, a Fam�lia ter� de quebrar um "cintur�o" do Primeiro Comando da Capital (PCC) que envolve o Amazonas. Em Roraima, acima, no Acre, abaixo, e no Par�, ao lado, as for�as dominantes, segundo investiga��es policiais, s�o simpatizantes da organiza��o paulista ou de grupos que se autodenominam de forma hom�nima.

Para ganhar for�a, a FDN aposta nas fronteiras, principalmente no encontro brasileiro com cidades colombianas e peruanas, na tr�plice fronteira. Foi l� que a fac��o j� desenvolveu neg�cios milion�rios (mais informa��es nesta p�gina) e quer ter acesso a quantidades cada vez maiores de coca�na para revenda a Estados nordestinos, onde encontra um bom mercado. O Amazonas tem 2,7 mil quil�metros de fronteira.

"Amazonas � vizinho dos �nicos produtores de coca�na do mundo: Col�mbia, Peru e Bol�via. Nesse contexto territorial, h� sinais claros do empoderamento dessa fac��o", disse o policial civil aposentado e professor da Universidade do Estado do Amazonas Ant�nio Gelson de Oliveira Nascimento.

Nascimento diz que, nas d�cadas passadas, havia grupos locais que se dilu�am com as a��es policiais. Quando as lideran�as come�aram a ser segregadas em pres�dios federais, houve contato com o know-how das grandes organiza��es, o que permitiu o crescimento da FDN. "Voc� tira o bandido perigoso do Amazonas e o coloca para dividir cela com Fernandinho Beira-Mar. O que se pode esperar desse camarada, que era inexperiente, � aprender como se faz." Para ele, "ignorar a prote��o das fronteiras � subestimar o crime organizado".

Para consolidar o escoamento da sua mercadoria para o Nordeste, a Fam�lia poder� bater de frente com o Primeiro Comando do Norte (PCN), express�o do PCC fundado no Par�. O PCN encontra dificuldades para aumentar sua influ�ncia nas cadeias, pois n�o consegue afirmar seu poder em mercados consumidores crescentes de drogas, como Altamira e Marab�. "No Par� vimos uma migra��o para o interior diante de um crescimento demogr�fico significativo", disse Aiala Colares, pesquisador da Universidade do Estado do Par�. Colares destaca que no Estado ainda funcionam grupos aut�nomos, como a Equipe Rex, que domina o Complexo Penitenci�rio de Americano, na regi�o de Bel�m.

J� no Acre, a chegada do PCC, segundo a professora da Universidade Federal (UFAC) Marisol de Paula Reis Brandt, deu-se pela localiza��o da fronteira com a Bol�via. Aliada ao Bonde dos 13, a organiza��o paulista disseminou o expertise em gest�o criminosa, com direito a estatuto, cadastro e mensalidade. O Bonde dos 13, por�m, j� passou a enfrentar a dissid�ncia de criminosos, alimentando o ciclo de disputas e acirrando a tens�o dentro e fora das cadeias. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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