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Estado de Minas

Gerente de boate LGBT � agredido ao pedir ajuda ap�s assalto

"N�o quero gay brigando na frente da minha casa", teria dito o agressor � v�tima


postado em 15/01/2017 19:37 / atualizado em 15/01/2017 20:18

Ap�s ser v�tima de um assalto na manh� deste domingo, 15, no centro de S�o Paulo, o gerente de uma boate LGBT Rodrigo Ambrogi, de 19 anos, correu atr�s de um dos ladr�es, conseguiu imobiliz�-lo e pediu ajuda a um homem que sa�a da garagem de um pr�dio na Bela Vista. Segundo conta, o rapaz, que aparenta ter 30 anos, desceu do carro e o espancou at� ele desmaiar. "N�o quero gay brigando na frente da minha casa", teria dito o agressor � v�tima.

Gerente de uma boate LGBT na Rua Peixoto Gomide, Ambrogi costuma ir comer um cachorro-quente por volta das 5 horas, pouco antes de fechar o estabelecimento. Fez o mesmo na manh� deste domingo, mas acabou abordado por um grupo que, segundo conta, roubou seu celular. "Quatro caras me assaltaram, esvaziaram meu bolso", diz.

Cercado, Ambrogi chegou a ser agredido pelos assaltantes. Ap�s perceber que a v�tima apresentava feridas no rosto, um grupo de jovens que sa�a da boate cercou os suspeitos e ligou para a Pol�cia Militar. "Tentamos esperar l�, mas um dos rapazes saiu correndo e Rodrigo foi atr�s dele", relata uma testemunha, o estudante Kaique Santos, de 19 anos, que tamb�m saiu em disparada.

Ambrogi conseguiu deter o suspeito na esquina da Rua Herculano de Freitas com a S�o Miguel, pr�ximo ao Shopping Frei Caneca. Eram 5h20. Nesse momento, um carro branco sa�a de um pr�dio da regi�o, ocupado por um homem, uma mulher e um rapaz. O gerente afirma que tentou pedir ajuda. "O cara simplesmente colocou o carro mais para frente, saiu e come�ou a socar o meu rosto. Eu desmaiei e n�o lembro de mais de nada", conta.

"Voc�s est�o fazendo muito barulho a essa hora", teria dito o homem assim que desceu do ve�culo, segundo conta a testemunha Santos. "Ele deu uns tapas no assaltante e depois saiu batendo no rosto do Rodrigo", relata. "Ele me amea�ou, mas como eu recuei, n�o fez nada comigo." Em meio a confus�o, o suspeito do roubo fugiu.

"O homem s� parou quando o Rodrigo apagou. Pelo que disseram, a mo�a que estava no carro dizendo que 'j� estava bom' e pedindo para ele parar", diz a prima da v�tima, Dayane Ambrogi Eguthi, de 28 anos. Desacordado, Ambrogi foi socorrido por um seguran�a da boate, que o levou ao Hospital Santa Casa, tamb�m no centro. A v�tima sofreu fratura no nariz, ficou com hematomas pelo corpo e recebeu alta nesta tarde.

Familiares da v�tima foram at� o local e conseguiram levantar imagens de c�meras de seguran�a. Testemunhas reconheceram o agressor como sendo um homem forte e de barba, que usava uma camiseta e um bon�. O caso foi apresentado no 2º Distrito Policial (Bom Retiro).

Ato

Ativistas LGBT marcaram uma manifesta��o para a tarde desta segunda-feira, 16, na Esta��o Pedro II, onde o ambulante Luis Carlos Ruas, de 54 anos, foi assassinado ap�s defender duas travestis. Marcado para as 13h, o ato tamb�m ser� em mem�ria de Itaberlly Lozano, jovem gay de 17 anos, morto pela m�e em Cravinhos, no interior de S�o Paulo. Ele teve o corpo carbonizado pelo padrasto.

Em novembro do ano passado, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que uma m�dia de 98 crimes de homofobia s�o registrados a cada m�s em S�o Paulo. Os dados foram reunidos pela Secretaria da Seguran�a P�blica (SSP) a partir de novembro de 2015, quando passou a ser obrigat�rio notificar se a ocorr�ncia envolvia algum tipo de intoler�ncia.


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