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Estado de Minas

Alvo do PCC, Sindicato do Crime do RN domina 28 das 32 cadeias do Estado


postado em 17/01/2017 08:37

Manaus, 17 - Autoridades de seguran�a do Rio Grande do Norte estimam que 28 das 32 unidades prisionais do Estado sejam dominadas pelo Sindicato do Crime (SDC), fac��o aliada ao Comando Vermelho e alvo de um ataque no s�bado que deixou 26 mortos na Penitenci�ria Estadual de Alca�uz, na Grande Natal. Os assassinatos poderiam desencadear uma rea��o nas outras cadeias onde a minoria � de integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) ou de detentos considerados neutros.

Ser minoria n�o impediu que membros do PCC articulassem o ataque de s�bado e voltassem a participar de motins na segunda-feira, 16, em Alca�uz. Presos ligados ao Sindicato do Crime tamb�m subiram no teto dos pavilh�es com bandeiras onde se lia "Queremos paz, mas n�o iremos fugir da guerra". Na estrutura, picharam nomes de aliados como a Okaida, da Para�ba, o Primeiro Grupo Catarinense, de Santa Catarina, e o Comando Vermelho, do Rio.

Agentes penitenci�rios ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo disseram que a situa��o na unidade continuava tensa na segunda-feira, 16, com a possibilidade de rea��o do Sindicato e a resist�ncia de integrantes do PCC em serem transferidos.

Segundo a presid�ncia do Sindicato dos Agentes Penitenci�rios do Estado, somente o pres�dio Rog�rio Coutinho Madruga - no mesmo terreno de Alca�uz e de onde partiram os detentos envolvidos com as mortes -, a cadeia de Paus dos Ferros, a de Cara�bas e um pavilh�o na unidade M�rio Neg�cio, em Mossor� - esses tr�s no interior -, t�m maioria do PCC.

"N�o imagin�vamos que eles teriam a ousadia de atacar no pres�dio em que n�o t�m maioria. Agora, o risco fica ainda mais intenso", disse Vilma Batista, presidente do sindicato dos agentes.

O cen�rio de descontrole � ratificado pelo juiz de Execu��es Penais de Natal, Henrique Baltazar Vilar dos Santos. "O Estado at� ent�o s� tinha controle dos muros de Alca�uz. Dentro, quem mandava j� eram os presos. Agora a situa��o piorou e se repete nas demais unidades."

Para o procurador-geral de Justi�a do Rio Grande do Norte, Rinaldo Reis, a possibilidade � grande de novos confrontos. "N�o tenho nenhuma d�vida de que essa guerra n�o acaba aqui. N�o estou profetizando, mas apenas observando que todos os ingredientes est�o postos para isso", disse. "As mortes s�o extremamente graves, mas n�o posso dizer que foi uma surpresa. O sistema penitenci�rio, n�o s� daqui como de outros Estados, est� em ru�nas."

Separa��o.

A divis�o de fac��es por pres�dios diferentes come�ou no Estado em 2015, depois de uma s�rie de rebeli�es. Em junho daquele ano, a j� fr�gil rela��o entre SDC e PCC foi rompida com a morte do detento Alexandre Teod�sio, o Pelel�, membro da fac��o de origem paulista que, segundo o Minist�rio P�blico Estadual, desencadeou uma sequ�ncia de atos de viol�ncia, com assassinatos de lado a lado, dentro e fora das cadeias.

Segundo promotores que investigaram as organiza��es, o SDC foi fundado em 27 de mar�o de 2013 por uma dissid�ncia do PCC. A compreens�o do grupo era de que o estatuto vigente at� ent�o era aplicado com excessivo rigor - como o tratamento com inadimplentes com a contribui��o mensal -, al�m da insatisfa��o com a obriga��o de prestar contas a detentos de outros Estados. O grupo paulista acabou compartilhando a expertise de m�todos de atua��o criminosa, "capacitando os presos potiguares quanto ao funcionamento desse tipo de organiza��o". O governo do Estado n�o comentou. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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