Natal, 21 - Cerca de seis meses depois de ter deixado a cidade, 650 homens das For�as Armadas voltaram a atuar ontem em Natal e na regi�o metropolitana, atendendo � ordem do presidente Michel Temer, que respondeu ao pedido de ajuda feito pelo governador Robinson Faria (PSD). As tropas ser�o refor�adas neste fim de semana, chegando a um total de 1.846 militares amanh�, vindos do Cear�, da Para�ba e de Pernambuco.
A ideia � que eles ajudem no patrulhamento da regi�o. De quarta-feira at� ontem, o balan�o do governo do Estado aponta 16 pris�es e atentados em dez cidades. Foram registrados 36 inc�ndios, 4 disparos de armas de fogo contra pr�dios p�blicos - 3 em Natal e um em Parnamirim - e 39 apreens�es (de armas, drogas, combust�vel). S� na capital, ontem, uma garagem foi invadida e dois �nibus acabaram queimados.
Temer baixou decreto no Di�rio Oficial da Uni�o de ontem prevendo que o refor�o militar permane�a no Rio Grande do Norte at� o dia 30. Pela manh�, j� era poss�vel observar a chegada de ve�culos blindados a bases militares de Natal. �Faremos o policiamento ostensivo e preventivo dentro de um conceito baseado na presen�a�, disse ao Estado o coronel Erland Mota, assessor de Rela��es Institucionais do Comando da 7.� Brigada de Infantaria Motorizada. A opera��o em Natal ser� comandada pelo general Jayme Oct�vio de Alexandre Queiroz.
Pela manh�, Temer se reuniu no Planalto com o ministro da Defesa, Raul Jungmann, que seguiu ontem para o Rio Grande do Norte, al�m do ministro da Justi�a, Alexandre de Moraes, e dos comandantes das For�as Armadas. De acordo com interlocutores do Planalto, o presidente est� �preocupado� e �atento� � evolu��o da situa��o nos pres�dios. Na reuni�o, Temer comentou as imagens de presos dominando Alca�uz, o que impressionou a todos.
Mesmo assim, os militares s� atuar�o no apoio �s revistas nas cadeias - e sem contato direto com os detentos. Em Natal, � tarde, Jungmann tamb�m refor�ou que a tropa n�o entrar� em pres�dios onde h� conflitos, como � o caso de Alca�uz. �As For�as Armadas n�o v�o substituir as pol�cias estaduais. A participa��o dos militares vai liberar as Pol�cias Militar e Civil para atuar em outras �reas. N�o vamos permitir que o crime venha a imperar.�
Continuidade
Segundo o coronel Erland, a opera��o denominada Potiguar 2 deve seguir os moldes da atua��o de agosto, quando o apoio militar tamb�m foi acionado. Os pontos de patrulhamento devem atender � demanda estadual. Conforme relatos ao Planalto, ainda h� ocorr�ncias em Natal, Parnamirim, S�o Gon�alo do Amarante, Cear�-Mirim, Jo�o C�mara, Macau, Caic�, Touros e Maxaranguape. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.