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Estado de Minas

Frutos do Mar s�o grandes causadores de alergia no ver�o


postado em 29/01/2017 09:13

S�o Paulo, 29 - Camar�o, siri, lagosta... Comuns principalmente nas regi�es litor�neas, o consumo de frutos do mar aumentam na �poca do ver�o e � apreciado por muita gente. Entretanto, � importante ficar atento a poss�veis rea��es al�rgicas, afinal, os frutos est�o entre os alimentos que mais causam alergia.

"Alergia � desenvolvida. O que muda � que algumas pessoas t�m maior facilidade de ter alergia, o que vem desde o nascimento. Quem tem asma, rinite, por exemplo, tem mais propens�o a ter alergias a alguns alimentos, mas qualquer pessoa pode desenvolver", explica a imunopatologista Elaine Gagete Miranda da Silva, da Associa��o Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).

Os frutos do mar s�o divididos em dois tipos. O primeiro inclui moluscos, ostras e lulas. No segundo est�o os crust�ceos (camar�o, caranguejo, lagosta e lagostim). Normalmente, pessoas al�rgicas a um crust�ceo tamb�m s�o al�rgicas aos outros, e o mesmo vale para a fam�lia dos moluscos. Mas, quando se trata de alergia, cada caso deve ser avaliado particularmente.

"Com testes para v�rios tipos de alimento e exames de sangue, � poss�vel ter um diagn�stico preciso. A primeira pergunta de uma pessoa al�rgica a camar�o, por exemplo, � se ela pode comer outros frutos do mar ou peixe, e, para isso, � importante analisar aquele paciente espec�fico, fazer o teste, porque �s vezes, para ele, n�o � do mesmo jeito que para os demais. H� pacientes, por exemplo, que s�o al�rgicos a camar�o, mas que podem comer carne de siri", diz a especialista.

� importante destacar que ter comido v�rias vezes um fruto do mar e ter ficado tudo bem n�o � garantia de que a pessoa n�o seja al�rgica, j� que essa condi��o pode ser desenvolvida ao longo da vida. Na maioria das vezes, o corpo d� sinais antes de ocorrer uma anafilaxia, uma doen�a grave que pode desencadear desde incha�os, falta de ar, c�licas, v�mitos, diarreias a hipotens�o e choque, podendo levar a morte em quest�o de minutos.

Segundo a m�dica, geralmente ap�s a crise a pessoa fala que j� havia sentido a l�ngua co�ando, espirros e alguma sensa��o estranha na garganta ap�s comer um crust�ceo, por exemplo, mas havia ignorado. "As pessoas n�o valorizam isso e continuam comendo. Se tem esses sinais, j� deve procurar um alergista e tratar com antial�rgicos ainda na fase de desenvolvimento", aconselha.

Para evitar anafilaxia � preciso alguns cuidados al�m de apenas n�o consumir o produto que causa a alergia. Em restaurantes, por exemplo, deve-se redobrar o cuidado, principalmente nos self-services, pois h� muita contamina��o cruzada - por exemplo, um arroz mexido com a mesma colher do camar�o. Al�m disso, � recomendado ler r�tulos de todos os produtos para saber se nos ingredientes n�o h� tra�os das subst�ncia alerg�nicas.

Se o quadro cl�nico j� estiver evolu�do e a pessoa tiver uma crise anafil�tica, deve-se aplicar adrenalina injet�vel o mais r�pido poss�vel sempre via intramuscular. O indicado � aplicar no m�sculo da coxa. O ideal seria que as pessoas cientes de suas alergias sempre tivessem a adrenalina autoinjet�vel consigo. O problema � que a droga n�o � produzida no Brasil, tem origem estrangeira e, consequentemente, alto custo, o que obriga o al�rgico a procurar um hospital.

"H� ampolas de adrenalina em todos os hospitais, mas elas s� podem ser aplicadas por um m�dico ou enfermeiro, porque as ampolas t�m de ser abertas, depois o profissional tem que calcular a quantidade, depois colocar numa seringa e aplicar. Quem n�o � familiarizado em aplicar inje��o n�o consegue. Por isso seria importante ter a ampola autoinjet�vel dispon�vel aqui no Brasil", diz Elaine.

A especialista compara a adrenalina autoinjet�vel para um al�rgico a um aplicador de insulina para um diab�tico. "Imagine se um diab�tico n�o tivesse o aplicador de insulina e se ele tivesse que pegar uma ampola com o rem�dio, tirar da ampola, aplicar na seringa? Seria muito mais devagar e mais dif�cil conter uma crise. N�s [a ASBAI] estamos numa luta para que algum produtor se interesse em trazer isso para o Brasil. Mas � um processo longo e, por enquanto, a gente aconselha a importar. Infelizmente, � um alto custo e um drama para quem n�o consegue", lamenta a m�dica.


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