S�o Paulo, 07 - Menos de nove meses ap�s retomar a constru��o de um trecho paralisado da Linha 17-Ouro, o monotrilho do Morumbi, o Metr� de S�o Paulo aumentou em R$ 14,5 milh�es o valor do contrato assinado com o cons�rcio que assumiu a obra, em maio de 2016.
A justificativa dada pela estatal controlada pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) para o reajuste foi um "erro de digita��o" na planilha de servi�os e pre�os da conclus�o das esta��es Campo Belo, Vila Cordeiro e Chucri Zaidan da Linha 17, na zona sul paulistana.
O contrato foi assinado com o cons�rcio TIDP, formado pelas empresas Tiisa Infraestrutura e Investimentos S/A e DP Barros Pavimenta��o e Constru��o Ltda., no valor de R$ 74,2 milh�es. Com o aumento de 19,5%, o custo sobe para R$ 88,7 milh�es.
A contrata��o foi feita pelo Metr� depois do rompimento contratual com o cons�rcio Andrade Gutierrez e CR Almeida, em janeiro de 2016, sob a alega��o de que as empreiteiras haviam abandonado o canteiro de obras. As empresas negaram o fato e afirmaram que j� tinham tentado rescindir o escopo da obra por causa de atrasos provocados pelo Metr� na libera��o de frentes de obras e projetos executivos.
Ap�s o imbr�glio, o Metr� decidiu convidar o segundo colocado na licita��o vencida em 2013 pelo cons�rcio da Andrade e da CR Almeida com a proposta de R$ 129,3 milh�es. Diante da recusa, a estatal assinou com o cons�rcio TIDP, terceiro colocado no certame, pelo valor residual de R$ 74,2 milh�es.
A constru��o do monotrilho da Linha 17 foi anunciada em 2010, quando a promessa era concluir 17,6 km de linha e 18 esta��es ligando a Linha 1-Azul, no Jabaquara, � Linha 4-Amarela, na futura esta��o S�o Paulo-Morumbi, em 2012. Nada foi entregue ainda.
Agora, a previs�o � concluir menos da metade da linha (7 km e 7 esta��es), ligando o Aeroporto de Congonhas (zona sul) � Esta��o Morumbi da Linha 9-Esmeralda da CPTM, passando pela Linha 5-Lil�s do Metr�. Seis esta��es devem ser entregues em 2018 e a parada que conecta com a Linha 9 ainda n�o tem data para ser conclu�da.
Erro
Em nota, o Metr� afirmou que o aditivo de 19,5% no contrato com o cons�rcio TIDP "est� dentro do limite permitido pela lei 8.666", que � de 25% do valor total do contrato, e que "a medida compreende a inclus�o de novos servi�os e adequa��o de outros necess�rios � conclus�o da obra".
Esse aditivo, segundo a estatal, "foi ocasionado pelo erro de digita��o de um dos mais de 300 itens" da planilha de servi�os e pre�os. O Metr� afirma ainda que a contrata��o do cons�rcio TIDP sem licita��o "� legal" e que ocorreu ap�s o cons�rcio da Andrade e da CR Almeida "abandonar os trabalhos em janeiro de 2016, prejudicando a continuidade da obra".
"Ap�s a rescis�o deste contrato, e com a recusa do segundo colocado da licita��o em assumir o trabalho, o Metr� firmou contrato com o terceiro colocado do certame - cons�rcio TIDP - pelo saldo restante de execu��o, no valor R$ 74,25 milh�es", conclui a companhia.