Vit�ria, 08 - No quarto dia de greve, a sensa��o de inseguran�a ainda domina a popula��o: �nibus circularam parcialmente, empresas liberaram funcion�rios, poucos se arriscaram a sair de casa, e apenas parte do com�rcio abriu. A Federa��o do Com�rcio avalia o preju�zo em pelo menos R$ 110 milh�es (R$ 20 milh�es de saques e R$ 90 milh�es em vendas perdidas). Ao todo 270 lojas foram roubadas.
Moradores continuaram a compartilhar nas redes sociais imagens de assaltos � luz do dia. � noite, os terminais de �nibus fecharam. S� na segunda-feira, 6, 200 carros foram roubados no Estado, ante a m�dia di�ria de 20. E a situa��o pode piorar: a Pol�cia Civil decide na quinta-feira se adere � greve. E o Sindicato dos Rodovi�rios anunciou que os �nibus n�o circular�o hoje. Segundo Edson Barros, presidente do sindicato, um motorista foi obrigado, na mira de rev�lver, a usar o �nibus para invadir uma loja.
O refor�o da For�a Nacional e dos militares do Ex�rcito e da Marinha s� foi sentido no fim do dia. Pela manh�, com as tropas ainda em deslocamento, a reportagem do
Estado
circulou pelo Centro e n�o viu policiamento. Nesta ter�a-feira, apenas 500 policiais militares foram �s ruas em todo o Estado. Em circunst�ncias normais, o efetivo seria pelo menos quatro vezes maior apenas na Grande Vit�ria.
A reportagem circulou por quatro bairros de Vit�ria (Praia de Camburi, Praia do Canto, Jardim da Penha e Maru�pe) durante a noite e constatou que praticamente n�o havia movimento de pessoas nem ve�culos. Nenhum agente nem viatura foi visto pelo
Estado
, mas caminh�es do Ex�rcito ainda circulavam nas imedia��es do Quartel Central da PM.
Segundo o secret�rio de Seguran�a P�blica do Esp�rito Santo, Andr� Garcia, "a situa��o est� se normalizando" e deve regularizar-se hoje. O novo comandante-geral da Pol�cia Militar, coronel Nylton Rodrigues, determinou que todos os agentes se apresentem diretamente no local onde far�o o policiamento. A alternativa, contudo, n�o resolve totalmente o problema, j� que os PMs ter�o de fazer o patrulhamento a p�.
O Minist�rio P�blico Estadual constituiu nesta ter�a-feira um comit� de gest�o de crise para garantir o cumprimento volunt�rio da decis�o judicial sobre a greve. A Justi�a capixaba j� considerou a paralisa��o ilegal.
Protestos.
Ainda nesta ter�a-feira, um grupo de pessoas reclamou da paralisa��o na frente do Quartel Central. A maioria se disse sens�vel � causa dos PMs, mas todos relataram que o caos na seguran�a p�blica, que se instalou desde s�bado, afetou o trabalho e, consequentemente, as finan�as da casa.
"Desde s�bado n�o vejo uma �nica moeda", contou o serralheiro aut�nomo Ronaldo Baldan Ferreira, de 46 anos. "Faz tr�s dias que n�o trabalho. Tenho medo de sair para a rua e n�o voltar. Como vou ter certeza de que n�o vai aparecer um bandido?" Ele proibiu a fam�lia de ir para a rua. "Eles (PMs) est�o no direito de protestar. S� n�o pode acontecer isso que est� acontecendo aqui." As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.
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ES: Em 4 dias de paralisa��o, 270 lojas s�o saqueadas
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