P�talas de rosas lan�adas de um helic�ptero em meio a uma chuva fina que ca�a sobre o Cemit�rio Jardim da Paz, na cidade de Serra, na Grande Vit�ria, serviram como �ltima homenagem ao policial civil Mario Marcelo Albuquerque, de 44 anos. Ele foi morto na madrugada de ter�a ap�s trocar tiros com bandidos na rodovia que liga Colatina a Vit�ria. Marcelinho, como era conhecido, � uma das 95 v�timas do caos na seguran�a p�blica que se instalou no Esp�rito Santo desde o �ltimo s�bado.
Mulher do investigador, Patr�cia Albuquerque estava muito emocionada. Durante o sepultamento, ela segurava no colo o filho mais novo, Kaio, de apenas 8 meses. O mais velho, Kaique, de 8 anos, era consolado por parentes.
"Espero que a mensagem que fique � que acabe logo tudo isso que est� acontecendo. Hoje foi o meu marido, mas amanh� poder� ser o familiar de outra pessoa ou outro policial", disse Patr�cia, � reportagem. "N�o culpo ningu�m pelo aconteceu, mas tudo isso que estamos vendo tem que acabar."
Lotado na Divis�o de Crimes contra a Vida, em Vit�ria, o investigador de pol�cia Mario Marcelo Albuquerque foi morto ao tentar intervir em um assalto. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu assim que chegou ao hospital.
A morte de Albuquerque foi um dos motivos que levaram agentes da Pol�cia Civil a anunciar uma paralisa��o at� a meia-noite desta quarta. A partir desta quinta, 9, eles atuar�o apenas nas delegacias regionais do Estado. Unidades menores ficar�o fechadas por tempo indeterminado.
O enterro do investigador reuniu pelo menos 500 policiais civis. Policiais militares � paisana, mas trajando coletes � prova de balas da corpora��o, tamb�m estiveram presentes, assim como alguns soldados das Forcas Armadas.