Reuni�o entre familiares de PMs e governo do ES acaba sem acordo; motim continua

Vit�ria, 10 - Ap�s mais de dez horas de reuni�o, terminou sem acordo a negocia��o entre mulheres de policiais militares e governo do Esp�rito Santo. Com isso, o motim de PMs ir� para o s�timo dia nesta sexta-feira, dia 10. O encontro foi realizado no Pal�cio Fonte Grande, uma das sedes do governo capixaba, em Vit�ria, e terminou pr�ximo da 1h30 desta sexta.

No fim do encontro, mulheres representantes dos PMs sa�ram revoltadas. Elas afirmaram que o governo n�o sinalizou nenhum tipo de reajuste. O pedido dos policiais � reposi��o salarial de pelo menos 43%. PMs � paisana do lado de fora do pr�dio chamaram o governador Paulo Hartung, que est� licenciado, de "bandido". Um dos PMs disse que a categoria far� aquartelamento.

O governo estadual se demonstra irredut�vel. A alega��o � de que o aumento pretendido pela categoria representaria um custo adicional de R$ 500 milh�es nos gastos com pessoal, que levaria a um rombo nos cofres do Estado. Segundo o governo, o Executivo j� ultrapassou o limite de alerta de despesas com pessoal (44,1% da Receita Corrente L�quida) estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

O alegado impacto nos cofres p�blicos levou o governador licenciado do Estado, Paulo Hartung, afirmar na quarta-feira, 8, que o motim era uma "chantagem" e comparou o ato com um sequestro, dizendo que aceitar as exig�ncias "seria como pagar um resgate".

Os policiais militares est�o paralisados desde S�bado passado, dia 4. O motim levou o caos ao Esp�rito Santo, que desde ent�o registrou pelo menos 113 homic�dios e uma onda de saques e roubos. As aulas foram suspensas e o transporte p�blico, quando funciona, opera apenas de forma parcial.