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Estado de Minas

Fim da greve da PM no Esp�rito Santo, mas n�o do preju�zo

Paralisa��o da PM, encerrada ontem, afugentou turistas e afetou neg�cios em Guarapari e Belo Horizonte


postado em 11/02/2017 06:00 / atualizado em 11/02/2017 07:28

Vit�ria – O governo do Esp�rito Santo e associa��es da Pol�cia Militar capixaba anunciaram na noite de ontem o fim do motim nos quart�is do estado, ap�s o governo endurecer a negocia��o e indiciar 703 PMs por crime de revolta. O movimento, caracterizado por mulheres que bloqueiam a sa�da das unidades com manifesta��es, foi copiado ontem em 27 dos 89 batalh�es e comandos do Rio e no Par�. Em Minas, tamb�m j� se desenha movimento semelhante. E o Pal�cio do Planalto, que se manifestou pela primeira vez ontem, identificou outras manifesta��es na Para�ba e no Rio Grande do Norte.

A decis�o capixaba de endurecer com os agentes ocorreu ap�s o fracasso nas negocia��es com as fam�lias dos policiais. A pena prevista por motim poderia chegar a 20 anos de pris�o. Al�m disso, os envolvidos seriam expulsos da corpora��o. O movimento, que j� durava sete dias, dever� ser encerrado hoje �s 7h, quando os acessos aos batalh�es ser�o desobstru�dos. Pelo acordo, os PMs e bombeiros que voltarem ao servi�o n�o sofrer�o puni��es administrativas disciplinares.

O governo se comprometeu ainda a apresentar cronograma para promover policiais que t�m direito � progress�o na carreira por tempo de servi�o e a formar comiss�o para analisar a carga hor�ria da corpora��o e apresentar propostas em 60 dias. N�o est� previsto reajuste de sal�rio, mas o governo se compromete, ao fim do quadrimestre, a se reunir com funcion�rios p�blicos para mostrar os dados or�ament�rios do estado. Nos sete dias de paralisa��o, 127 pessoas foram assassinadas no estado, 666 ve�culos roubados e furtados e 300 lojas saqueadas. Os dados s�o parciais e ainda n�o foram confirmados pela Secretaria de Seguran�a.

CRIME
Mais cedo, o estado anunciou 703 indiciamentos, apenas em um primeiro momento. “Est� iniciado o processo de responsabiliza��o, tanto no aspecto militar quanto criminal”, declarou Andr� Garcia, secret�rio estadual de Seguran�a P�blica do Esp�rito Santo, durante entrevista coletiva. Ele estava acompanhado dos comandantes da Pol�cia Militar, coronel Nylton Rodrigues, da Pol�cia Civil, Guilherme Dar�, e de outras autoridades. Rodrigues disse que “com certeza” o n�mero de PMs indiciados iria “aumentar muito”, atingindo sobretudo agentes em in�cio de carreira.

O coronel explicou ainda que todo crime que envolve policial militar e � punido com mais de 2 anos de pris�o resulta automaticamente na expuls�o da corpora��o. “Criamos uma for�a tarefa na corregedoria para dar celeridade, com isen��o e sem persegui��o, nos procedimentos”, declarou Andr� Garcia. “Quem for indiciado daqui para a frente, ou for iniciado um processo administrativo, ter� seu ponto cortado desde s�bado. Do s�bado pra frente, a folha da Pol�cia Militar est� bloqueada.” Os PMs tamb�m teriam as f�rias suspensas.

O secret�rio falou ainda em reconstruir a PM. “� preciso que a gente reconstrua a Pol�cia Militar. Vai ser pedra sobre pedra. Vamos reconstruir uma pol�cia que n�o volte suas costas para a sociedade”, afirmou Andr� Garcia.Ele ainda levantou a possibilidade de responsabilizar as mulheres dos policiais, que s�o l�deres do movimento. “Estamos identificando com imagens. Elas ser�o encaminhadas para o Minist�rio P�blico Federal, que solicitou a identifica��o das respons�veis por esse movimento. Elas ser�o responsabilizadas pelos custos das for�as federais mobilizadas, as For�as Armadas e a For�a Nacional de Seguran�a.”

 

Temer condena paralisa��o

 

Bras�lia – Quase uma semana depois do in�cio do motim da Pol�cia Militar no Esp�rito Santo, o presidente Michel Temer rompeu o sil�ncio e divulgou ontem uma nota para afirmar que condena a paralisa��o, dizer que est� acompanhando o desenrolar da situa��o e pedir para que os policiais voltem ao trabalho. “O presidente Michel Temer acompanha, desde os primeiros momentos, todos os fatos relacionados � seguran�a p�blica no Esp�rito Santo. Condena a paralisa��o ilegal da pol�cia militar que atemoriza o povo capixaba”, diz a nota, assinada pela Secretaria Especial de Comunica��o Social da Presid�ncia da Rep�blica, que agora est� a cargo da Secretaria-geral da Presid�ncia, subordinada a Moreira Franco, que est� com sua nomea��o suspensa na Justi�a.

Apesar de o documento n�o informar, os ministros da Defesa, Raul Jungmann, e do Gabinete de Seguran�a Institucional da Presid�ncia, Sergio Etchegoyen, v�o hoje ao Esp�rito Santo a pedido do presidente para acompanhar a situa��o. Temer j� foi criticado em outras ocasi�es – como na crise penitenci�ria – por demorar para se manifestar sobre o epis�dio.

Al�m da demora na manifesta��o do presidente, fontes reconhecem que o desgaste � ampliado pelo fato de o Minist�rio da Justi�a, que recentemente ganhou o status de cuidar da Seguran�a P�blica, estar sob o comando interino de Jos� Levi, por conta da licen�a de Alexandre de Moraes, que foi indicado pelo presidente para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

A nota afirma ainda que o presidente tem se informado todos os dias com o governador Paulo Hartung e vai fazer “todos os esfor�os para que o Esp�rito Santo retorne � normalidade o quanto antes” e destaca que, ao saber da situa��o, o governo determinou o imediato envio de dois mil homens para restabelecer a lei e a ordem no Estado. “Agir� da mesma forma sempre que necess�rio, em todos os locais onde for preciso”, diz o texto.

 

Protesto em quart�is no Rio

 

Rio e Bel�m – Inspiradas no movimento do Esp�rito Santo, mulheres de policiais militares do Rio fizeram otnem protesto na porta de 27 dos 89 batalh�es. A manifesta��o n�o teve os mesmos efeitos observados no estado vizinho: �nibus circularam, escolas, hospitais, empresas e com�rcio funcionaram normalmente. Mas o temor de que o caos tomasse conta do Rio levou os prefeitos de Niter�i e de Maca� a oferecerem ajuda financeira para garantir o policiamento.

O secret�rio de Seguran�a P�blica, Roberto S�, afirmou que a Pol�cia Civil e guardas municipais da Baixada Fluminense e de Niter�i far�o rondas, em eventual car�ncia de policiais. As For�as Armadas tamb�m atuar�o no Rio. “A pol�cia � a �ltima barreira contra a barb�rie. Que as fam�lias dos policiais reflitam sobre os riscos que a sociedade e elas mesmas correm com uma eventual paralisa��o”, afirmou S�.

Em pelo menos quatro batalh�es – Tijuca e M�ier, na zona norte; Campo Grande, na zona Oeste; e Mesquita, na Baixada Fluminense – houve bloqueios e os carros da pol�cia foram impedidos de deixar a unidade. Algumas mulheres come�aram a chegar � porta dos batalh�es na noite de anteontem, outras durante a madrugada, numa tentativa de evitar a troca de turno, que ocorre diariamente �s 6h.

Par� A insatisfa��o dos 15.200 policiais militares do Par� com sal�rios e condi��es de trabalho saiu de dentro dos quart�is e de suas resid�ncias para as ruas. Mulheres, m�es e filhos de militares realizaram manifesta��o pelas ruas de Bel�m, Altamira e Parauapebas ontem. Os protestos ocorreram na porta dos quart�is e do Pal�cio dos Despachos. Tanto na capital como no interior, os militares n�o paralisaram as atividades.


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