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Estado de Minas

Motim �s v�speras do Carnaval causa apreens�o no Rio de Janeiro

Preocupa��o agora � que movimento tamb�m afugente turistas estrangeiros


postado em 12/02/2017 06:00 / atualizado em 12/02/2017 09:59

Rio de Janeiro – O estado viveu um s�bado tenso com a falta de acordo entre mulheres de policiais militares e o comando geral da Pol�cia Militar. Depois de cerca de tr�s horas de reuni�o, n�o houve consenso para a suspens�o do movimento grevista. Elas exigem pagamento dos sal�rios, f�rias atrasadas, d�cimo terceiro, gratifica��es e melhores condi��es de trabalho, entre outras reivindica��es. Enquanto isso, alguns quart�is n�o tiveram expediente ontem.

O governo do estado teme que o endurecimento contra grevistas no Esp�rito Santo, com poss�vel decreta��o de pris�o e at� pagamento de multas, leve a dois caminhos distintos: a intimida��o da PM no Rio e em outros estados ou a cria��o de um sentimento de uni�o e refor�o a greves generalizadas.

Uma das grandes preocupa��es do governo � com a percep��o de que uma paralisa��o de policiais levaria a cidade ao caos e causaria repercuss�o internacional. Isso porque o Carnaval, que � a maior festa do pa�s, est� chegando e turistas do mundo inteiro deixariam de vir.

Por causa dos bloqueios feitos por mulheres de PMs em frente a 29 batalh�es, a corpora��o empregou helic�pteros do Grupamento Aerom�vel (GAM) para transportar e distribuir policiais, principalmente de tropas especiais, nas ruas da capital. No 16º BPM, em Olaria, a troca de turno foi impedida por protestos, mas as ruas dos bairros da Penha e de Ramos foram sendo policiadas com trocas de turno auxiliadas pelas aeronaves. Ontem, foram pelo menos quatro viagens com helic�pteros do GAM, somente no Batalh�o de Olaria, de onde sa�ram policiais militares tamb�m para o patrulhamento nas Unidades de Pol�cia Pacificadora (UPPs) da Penha e da Vila Cruzeiro.

PMs sem armas em UPP

A manifesta��o de mulheres de policiais em frente ao 6º Batalh�o da Pol�cia Militar, na Tijuca, na Zona norte do Rio, refletiu na seguran�a dos militares. Na Unidade de Pol�cia Pacificadora (UPP) do Morro do Salgueiro, no bairro, 15 policiais trabalharam desarmados e sem colete � prova de balas na manh� de ontem. Eles contaram que receberam ordem do comando do batalh�o para seguir diretamente para a base da UPP, um cont�iner instalado na entrada do morro, no in�cio do turno, �s 6h.

Normalmente, antes de seguir para as UPPs, os PMs se apresentam ao batalh�o para buscar o material de trabalho. Mas ontem n�o fizeram dessa forma por orienta��o do comando, que organizou a rendi��o dos turnos nas ruas para romper o movimento das mulheres. Elas protestam pela regulariza��o do pagamento de sal�rios e benef�cios, atrasados por causa da crise financeira do estado. “Tem que contar com a sorte de vagabundo n�o atirar na gente”, afirmou um dos policiais, que n�o quis se identificar � reportagem.

Por volta das 8h30, parte do grupo de 15 PMs mantidos na base da UPP estava parada do lado de fora da unidade, encostada em seus carros, na cal�ada, mexendo em seus telefones celulares. Nesse grupo, apenas um estava fardado, com colete e armado, porque trouxe seu equipamento de casa. “Os bandidos conhecem a nossa cara. Estamos aqui todos os dias. Mas fazer o qu�? Tem muita coisa envolvida”, disse um dos PMs, ao comentar a vulnerabilidade do grupo.

Ontem foi o segundo dia de manifesta��o das mulheres de policiais nas portas dos batalh�es. Houve movimenta��o tamb�m em pelo menos outros tr�s batalh�es: 16º (Olaria, na Zona Norte), 19º (Copacabana, Zona Sul) e 23º (Leblon, Zona Sul). Na Tijuca, elas prometeram levar os filhos e parentes hoje, para participar do protesto.

Manifesta��o por
sal�rios atrasados

Mulheres de militares fizeram manifesta��o em pelo menos 29 unidades da Pol�cia Militar ontem, dando continuidade ao protesto iniciado na sexta-feira. O ato � pelo pagamento do 13º sal�rio, do Regime de Adicional de Servi�o Ol�mpico e de adicionais pelo programa de metas, todos atrasados.

 “N�o existe paralisa��o da Pol�cia Militar, e sim uma mobiliza��o de familiares, iniciada pelas redes sociais”, afirma nota da PM. Na Baixada Fluminense, o bloqueio no 39º Batalh�o, de Belford Roxo, durou toda o dia. “Aqui n�o entra e nem saem viaturas. Esvaziamos os pneus de duas delas. Vamos manter o movimento com for�a total. O movimento n�o vai acabar se o dinheiro n�o cair na conta”, disse Alberta Peres, mulher de um policial.

Em Jacarepagu�, o 18º Batalh�o, respons�vel pela �rea, tamb�m tinha bloqueio total, segundo Ana Souza, mulher de um agente. “Ningu�m entra, ningu�m sai. Vamos continuar o movimento, pois os nossos maridos est�o em risco e sem receber”, disse, enquanto acompanhava uma reuni�o com o comando da unidade, que pedia para que elas liberassem a entrada.

Na nota, a PM disse ainda que respeita o direito � manifesta��o pac�fica e pediu que as manifestantes n�o impe�am o direito de ir e vir dos policiais.

O secret�rio estadual de Seguran�a, Roberto S� disse que o governo dever� pagar o sal�rio atrasado na pr�xima ter�a-feira e que poder� pagar o 13º sal�rio atrasado se os projetos encaminhados pelo governo � Assembleia Legislativa forem aprovados, entre eles a venda da Companhia Estadual de �guas e Esgoto, o que permitir� a libera��o de R$ 3,5 bilh�es do governo federal.


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