S�o Paulo, 17 - Cientistas da Universidade de Harvard (Estados Unidos) anunciaram um projeto, j� em andamento, que tem o objetivo de "ressuscitar" o mamute, extinto h� cerca de 4 mil anos, em uma nova vers�o h�brida.
Utilizando engenharia gen�tica avan�ada, os pesquisadores pretendem obter, dentro de dois anos, um embri�o h�brido no qual diversas caracter�sticas do mamute lanoso (Mammuthus primigenius) ser�o programadas em um elefante asi�tico.
O an�ncio foi feito no encontro anual da Associa��o Americana para o Avan�o das Ci�ncias (AAAS, na sigla em ingl�s), realizada em Boston (Estados Unidos) nesta semana.
"Nosso objetivo � produzir um embri�o h�brido de elefante e mamute. Na realidade, ser� mais precisamente um elefante com certo n�mero de caracter�sticas do mamute. Ainda n�o chegamos l�, mas poder� acontecer dentro de dois anos", disse o l�der da pesquisa, George Church, ao jornal brit�nico The Guardian.
O "mamofante", como os cientistas apelidaram a criatura projetada, seria em parte um elefante, mas ter� alguns tra�os t�picos do animal extinto, como orelhas pequenas, espessa camada de gordura subcut�nea, pelo longo e grosso, al�m de sangue adaptado �s baixas temperaturas.
Segundo os cientistas, para enxertar os genes do mamute no c�digo gen�tico do elefante ser� usada a ferramenta Crispr, uma poderosa tecnologia de edi��o do genoma. Por enquanto, a pesquisa est� no est�gio de experimentos celulares, mas os cientistas dizem j� estar se aproximando da cria��o de embri�es. Depois disso, segundo Church, a cria��o de "mamofantes" vivos ainda levar� v�rios anos.
"Estamos trabalhando para desenvolver maneiras de avaliar o impacto dessas edi��es gen�ticas e tentando estabelecer a embriog�nese (processo de forma��o do embri�o) no laborat�rio", afirmou Church.
Segundo o pesquisador, essas modifica��es poder�o ajudar a preservar o elefante asi�tico - que est� amea�ado de extin��o - em uma nova forma. Al�m disso, Church acredita que a adapta��o do novo animal � tundra pode ajudar a mitigar o derretimento das geleiras no �rtico. "Eles impedem o descongelamento da tundra, ao fazer buracos na neve, permitindo que o ar frio entre em seu interior", afirmou.