
Novos acidentes ofuscaram o brilho do segundo dia de desfiles das escolas de samba do Grupo Especial do Rio. Ao menos 12 pessoas ficaram feridas depois que o teto de um carro aleg�rico da Unidos da Tijuca despencou sobre integrantes da escola. Entre os encaminhados para hospitais, h� duas v�timas em estado grave.
Quarta escola a entrar na Marqu�s de Sapuca�, a escola teve problemas antes mesmo de completar 10 minutos de desfile. O segundo carro a entrar no samb�dromo teve parte da estrutura danificada e parte do ve�culo caiu sobre as pessoas que participavam do cortejo.
Cerca de 20 pessoas foram atendidas depois do acidente. Entre elas, oito receberam apenas apoio psicol�gico, j� que houve p�nico entre integrantes da escola. As demais foram encaminhadas para hospitais do Rio.
Depois do problema no carro aleg�rico, o ve�culo ficou parado por cerca de 20 minutos para a retirada dos feridos, o que prejudicou a evolu��o do desfile da escola. A Pol�cia Civil j� realizou uma per�cia no carro e vai apurar o que provocou o dano � estrutura.
Susto na avenida
Antes do grave acidente com a Unidos da Tijuca, problemas num carro aleg�rico da Uni�o da Ilha j� havia aprofundado o clima de apreens�o causado pelo acidente com uma alegoria do Para�so do Tuiuti no domingo.
A Ilha, que carnavalizou tradi��es e ritos de povos bantos, teve dificuldade para manobrar seu quinto e pen�ltimo carro, que era muito grande e acabou ficando mais pr�ximo do que deveria do gradil do setor 1, justamente onde, no domingo, 20 pessoas ficaram feridas com o choque do carro do Tuiuti (uma delas ainda corre risco de vida).
Fez-se um buraco na avenida, o que pode resultar em perda de pontos para a Ilha. O fim do desfile tamb�m foi tumultuado. O mesmo carro empacou na dispers�o, foi empurrado e bateu (sem for�a) no est�dio de transmiss�o da TV Globo. A sexto alegoria, na sequ�ncia, n�o conseguia passar por conta disso.
Houve desespero de integrantes da escola para que se liberasse o caminho. Por fim, a Ilha conseguiu encerrar sua apresenta��o em cima do la�o: cumpriu exatos 75 minutos, o m�ximo permitido a partir desse ano (at� 2016, eram 82).
O p�blico do setor 1 se surpreendeu com a reincid�ncia do problema em frente �s suas arquibancadas - este tipo de ocorr�ncia n�o � comum no samb�dromo. A plateia j� havia sido pega de surpresa com a instala��o de uma grade de refor�o junto �s arquibancadas, forma encontrada de proteger os espectadores caso outro acidente ocorresse.
A Ilha fez uma leitura po�tica dos ensinamentos da cultura africana sobre a passagem do tempo. O carnavalesco Severo Luzardo usou bem as cores da agremia��o, azul, branco e vermelho, em fantasias e alegorias que fizeram alus�o aos quatro elementos, terra, fogo, �gua e ar, a vulc�es e mares. Atabaques na bateria de Mestre Ci�a emprestaram tempero extra africano ao samba.
O acidente de domingo fora provocado por um problema num carro aleg�rico, que, desgovernado, imprensou pessoas contra a grade, esmagando-lhes os membros inferiores. Hoje, ainda desfilam S�o Clemente, Mocidade, Unidos da Tijuca, Portela e Mangueira.
(Com informa��es da Ag�ncia Estado)