S�o Paulo, 06 - Depois de duas experi�ncias negativas, na primeira e na segunda gesta��es, e de ter tido uma viv�ncia positiva apenas na terceira, Mariana Reis de Sousa Ferreira, de 28 anos, que � formada em Turismo, passou a trabalhar como doula e consultora de aleitamento materno de duas cl�nicas especializadas em parto humanizado, a Commadre e a Iluminar.
Em todas suas gesta��es, Mariana sempre desejou que o parto fosse o mais natural poss�vel, sem interven��es desnecess�rias. Mas j� na primeira experi�ncia, h� nove anos, foi submetida a uma episiotomia sem sequer ter sido comunicada.
"Eu j� estava com muita dilata��o. Minha filha estava prestes a sair e a enfermeira veio com uma agulha para anestesiar o local e me cortar. Eu perguntei o que ela ia fazer e ela disse para eu n�o me preocupar porque ela sabia o que estava fazendo. S� depois de me cortarem, quando foram suturar o local, falaram que tinham feito o corte. Mas tenho certeza que n�o tinha nenhuma necessidade desse procedimento. Meu beb� n�o era grande", diz.
A convic��o de Mariana veio das experi�ncias seguintes. Em sua terceira gesta��o, em que ela conseguiu um parto totalmente natural, o beb� nasceu maior do que o primeiro e, mesmo assim, sem necessidade de nenhuma episiotomia. "Mesmo quando h� lacera��o natural na regi�o, � muito menos agressivo do que o corte", diz.
Na avalia��o de Mariana, em sua segunda gesta��o o problema foi ela ter sido praticamente obrigada a passar por uma ces�rea desnecess�ria.
"Eu estava com 39 semanas ainda, induziram o parto e o obstetra n�o esperou nem meia hora e j� me levou para o centro cir�rgico dizendo que era melhor fazer para o beb� n�o correr risco. Era um s�bado, parecia que ele queria terminar logo o servi�o", conta.
"Foi somente depois do meu terceiro parto, quando finalmente eu consegui ser respeitada e tive o aux�lio de uma doula, que eu resolvi que era isso que eu queria fazer", conta ela, que antes trabalhava em um escrit�rio de advocacia.
Para Mariana, n�o bastam regras do Minist�rio da Sa�de para coibir pr�ticas de viol�ncia obst�trica. "� preciso tamb�m que as gestantes denunciem os profissionais que agem indevidamente. S� assim vamos conseguir acabar com essa cultura", defende." As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.
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Parto auxiliado inspirou mulher a ser doula
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