
Policiais civis e integrantes do Minist�rio P�blico do Distrito Federal e Territ�rios (MPDFT) fazem busca e apreens�o nesta quarta-feira, no Hospital de Base e na Funda��o de Ensino e Pesquisa em Ci�ncias da Sa�de (Fepecs), na Asa Norte. Servidores e m�dicos est�o sendo conduzidos de forma coercitiva para prestar esclarecimentos sobre fraudes na folha de ponto. A opera��o � batizada H�gia, uma deusa grega da sa�de, limpeza e sanidade.
O ex-diretor do Hospital de Base, Julival Ribeiro, � um dos ouvidos hoje pela pol�cia. Segundo ele, foi chamado para depor por causa de problemas na escala de profissionais da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para adultos. Ele diz que respondia por mais de 4 mil funcion�rios e cada unidade tinha uma chefia. "Mas quem responde legalmente pela escala � o diretor. Se soubesse, � epoca, de alguma coisa errada, eu tinha tomado provid�ncias, como sempre fiz", declarou.
A opera��o � uma for�a-tarefa da Promotoria de Justi�a Criminal de Defesa dos Usu�rios da Sa�de (Pr�-Vida), da 4ª Promotoria de Justi�a de Defesa da Sa�de (Prosus) e a Pol�cia Civil. Segundo informa��es preliminares, foram expedidos cerca de 10 mandados de condu��o coercitiva contra m�dicos e servidores da �rea, especialmente no Hospital de Base do DF. Entre os conduzidos, estariam m�dicos da UTI e at� um professor. O grupo � suspeito de fraudar as horas extras.
Os policiais apreenderam nove computadores e aproximadamente 15 caixas de documentos. Duas mulheres sa�ram do Hospital de Base escoltadas por policiais. A investiga��o � feita pelo Minist�rio P�blico do Distrito Federal e Territ�rios (MPDFT), por meio da Promotoria de Defesa da Sa�de, com o apoio da Pol�cia Civil.
Segundo o corregedor da Secretaria de Sa�de, F�bio Henrique dos Santos, todos os profissionais investigados devem passar por um processo administrativo, mas ainda n�o h� previs�o de afastamento dos servidores. Como a frequ�ncia de ponto � feita por biometria ou com o registro do crach� do servidor, as falhas ocorrem por meio do comprometimento da leitura ou mesmo com o desligamento tempor�rio da m�quina.
Al�m disso, o corregedor afirma que ainda n�o � poss�vel avaliar quantos profissionais est�o envolvidos no esquema, j� que as investiga��es est�o em andamento. "O que podemos dizer � que, agora, as investiga��es v�o passar para outros servidores em outros hospitais, e n�o apenas no Hospital de Base", afirmou. "A partir do momento da not�cia da investiga��o, temos que fazer uma apura��o completa. Nos casos em que tivermos elementos suficientes para abertura do processo administrativo, ent�o ser� aberto. Mas, em alguns casos, precisamos ainda reunir informa��es", completou.
O afastamento dos servidores s� ser� solicitado, segundo F�bio Henrique dos Santos, quando a secretaria for notificada oficialmente. Ele explicou que at� l� podem haver mudan�as na lista de investigados.
