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Estado de Minas

Rela��o de foragidos em SP inclui envolvidos em crimes de 'como��o'


postado em 20/03/2017 13:19

S�o Paulo, 20 - Nem sempre os foragidos t�m uma ficha extensa na pol�cia. Na lista dos mais procurados, figuram pessoas que nunca haviam cometido um crime, mas se envolveram em assassinatos que chocaram pela viol�ncia e pela motiva��o banal.

Um desses crimes mudou a rotina da Rua Engenheiro Alberto Schiesser, no Jardim Primavera, na zona norte de S�o Paulo. Antes tranquila, a vizinhan�a precisa conviver com batidas policiais desde 2013. L�, morava Caio Rodrigues, condenado por matar o estudante Diego Ribeiro Cassas, de 18 anos, com quatro tiros no estacionamento do McDonald's, em Pinheiros, ap�s uma briga em uma boate.

"Ningu�m acreditou na not�cia, o Caio era um menino doce", diz a cabeleireira Ane Gomes, de 27 anos, moradora da regi�o. Rodrigues sumiu logo ap�s o crime e, mesmo com o passar dos anos, continuam as den�ncias de que o foragido foi visto perto da casa. "H� um rapaz morando l� que � parecido com o Caio. Ele sempre mostra os documentos para provar que n�o � ele", diz Ane.

O advogado de defesa, Ronaldo Tovani, diz que Rodrigues mudou de casa, mas nunca deixou o Jardim Primavera. "A pol�cia j� foi l� v�rias vezes. Chega pela frente, o Caio sai pelos fundos. Eles fazem muito alarde, chegam em 20 viaturas, tocando sirene", afirma.

Rodrigues foi julgado � revelia. Segundo Tovani, contudo, ele estava no f�rum durante o j�ri. "Ficou aguardando na lanchonete", diz. "Ele esperou o t�rmino porque eu iria apresent�-lo de imediato ao juiz, mas, como o promotor apelou, entendemos que ele deveria aguardar o julgamento da apela��o."

Os investigadores n�o acreditam na vers�o do advogado. Para os policiais, o condenado est� fora do Brasil. Uma das suspeitas � de que ele esteve no M�xico, junto com a m�e.

A fam�lia de Diego Cassas oferece dinheiro pela captura do assassino. Em redes sociais, � comum a m�e da v�tima, Rosana Cassas, pedir por Justi�a e, n�o raro, se refere a Rodrigues como "dem�nio". "Cuidado com o amanh�, aqui se faz, aqui se paga", escreveu.

Mais antigo

O procurado mais antigo � o sul-coreano Woo Young Choi, o "Renato". Ele � acusado de matar a facadas a estudante Juliana Maria Daniello Dias, de 19 anos, no elevador de um pr�dio no Cambuci, no centro, em 1997. Na �poca, Choi tinha 24 anos, morava no Brasil e vivia do dinheiro da m�e. Segundo a pol�cia, era usu�rio de drogas.

Ap�s descobrir r�pido a autoria do crime, os policiais acreditaram que seria f�cil prender Choi. "Ele simplesmente desapareceu, tenho quase certeza de que foi para outro pa�s", afirma o delegado Marco Antonio Desgualdo, que atuou nas investiga��es do DHPP.

A m�e e a namorada dele viajaram para a Coreia do Sul pouco depois do assassinato, deixando para tr�s carro, apartamento e roupas. A m�e morava no oitavo andar do pr�dio onde o crime ocorreu. Juliana, no nono.

Para tentar levantar pistas, foram chamados at� policiais que n�o eram do DHPP, mas que falavam coreano. Tamb�m foram acionadas a Interpol e a Pol�cia Federal, mas nunca houve registro dele em voo internacional no Pa�s. Por isso, a principal hip�tese � que Choi tenha ido para Foz do Igua�u, no Paran�, e depois cruzado a fronteira para o Paraguai. Uma vez fora do Brasil, seria mais f�cil sair de avi�o.

Interior

Outro caso que causa espanto � do vigia Aurelito Borges Santiago, que desapareceu na frente de todo mundo em 2014. Ele chegou a sentar no banco dos r�us, aguardando o j�ri que o condenaria a mais de 21 anos de pris�o, mas fugiu do F�rum da Barra Funda, enquanto os jurados discutiam sua senten�a.

Santiago matou pelas costas o estudante Rodrigo Cintra de Prado Pereira Bonilha, de 18 anos, em Ribeir�o Preto, em 2008. "� tudo surreal", diz Fernando Bonilha, pai da v�tima. "Para entrar no f�rum, perguntaram quem eu era, passei por detector de metais. Mas n�o observaram se ele ia fugir ou n�o."

H� suspeita de que Santiago se escondeu na Bahia, onde nasceu. "A sensa��o � de total impunidade. N�o temos nem a quem recorrer", diz Bonilha. "O pior � que um elemento perigoso est� solto e pode fazer outra v�tima." As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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