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Estado de Minas

Mocidade divide t�tulo do carnaval do Rio com a Portela


postado em 05/04/2017 23:07 / atualizado em 05/04/2017 23:33

(foto: AFP / Vanderlei ALMEIDA )
(foto: AFP / Vanderlei ALMEIDA )

Rio de Janeiro – A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) decidiu na noite desta quarta-feira dividir o t�tulo do carnaval de 2017 entre a Portela, declarada campe� ao fim da apura��o ocorrida em 1º de mar�o, e a Mocidade Independente de Padre Miguel.

A escola da Zona Oeste do Rio havia perdido o t�tulo por 0,1 ponto, mas recorreu alegando que um erro burocr�tico da Liesa levou um jurado a se basear em um documento inv�lido para tirar 0,1 ponto da agremia��o.

Representantes de 13 escolas participaram de reuni�o na noite desta quarta: sete foram favor�veis � Mocidade, cinco se abstiveram e apenas um, representando a Portela, foi contra o recurso da Mocidade.

A vota��o garante o sexto t�tulo da Mocidade na elite do carnaval – a escola vivia um jejum de 21 anos. Os outros t�tulos foram em 1979, 1985, 1990, 1991 e 1996. A Mocidade j� anunciou uma grande festa para celebrar a conquista.

A Portela, que n�o era campe� h� 33 anos, mant�m o jejum de t�tulos individuais. A �ltima vez em que conquistou um t�tulo sem dividir com outra escola foi em 1970. Em 1984, a escola de Madureira dividiu o t�tulo com a Mangueira.

A Mocidade, que apresentou o enredo "As mil e uma noites de uma 'Mocidade' pra l� de Marrakesh", liderava a apura��o at� o final do pen�ltimo quesito, Mestre-Sala e Porta-Bandeira. Embora com a mesma pontua��o da Portela (239,9 pontos), a escola de Padre Miguel vencia no crit�rio de desempate.

Mas no �ltimo quesito, Enredo, a escola recebeu dois 10 e duas notas 9,9. A menor das quatro notas � descartada - ent�o, se a escola tivesse recebido apenas um 9,9, essa nota seria descartada e a Mocidade seria campe�. Como foram duas notas 9,9, a Mocidade perdeu 0,1 ponto, enquanto a Portela recebeu s� notas dez e terminou a apura��o com 269,9 pontos, contra 269,8 da concorrente.

Autor de uma das notas 9,9, o jurado Valmir Aleixo escreveu sobre a Mocidade, no caderno de justificativas: "Enredo fant�stico de grande densidade cultural, sustentado pela circularidade narrativa dos Halakis. Por�m, n�o apresentou o destaque de ch�o O Esplendor dos Sete Mares, que executa fun��o narrativa dentro do enredo, comprometendo assim sua leitura".

Esse destaque constava da primeira vers�o do roteiro que explica o desfile e � produzido pela escola para ser distribu�do aos jurados, mas foi retirado da vers�o final desse documento, que � o que realmente vale. Ent�o, a justificativa alegada pelo jurado para tirar 0,1 ponto n�o era mais v�lida no momento do desfile.

O jurado afirmou que estudou o roteiro conforme constava da primeira vers�o e, embora tenha recebido outro roteiro antes do desfile, n�o foi alertado pela Liga sobre eventuais mudan�as. Por isso, fundamentou sua avalia��o no primeiro roteiro. A Liga admitiu uma falha de comunica��o.

Ao apresentar recurso administrativo � Liga, em 23 de mar�o, a Mocidade descreveu sua conduta. "No dia 10 de janeiro, �s 18h13, foi enviado para a presid�ncia da escola o roteiro do desfile e, ainda no mesmo dia, o vice-presidente encaminhou para a Liesa. A partir da� a Mocidade tinha at� dois dias antes do desfile oficial para fazer altera��es por meio de erratas", informou a agremia��o, em nota.

"No dia 2 de fevereiro a Mocidade enviou todas as modifica��es necess�rias. A principal foi a extin��o do cargo de destaque de ch�o para a rainha de bateria (justamente aquele mencionado pelo jurado). A escola grifou em amarelo todas as altera��es. A Liesa respondeu que todas foram acatadas", informou a Mocidade.

"No dia 7 de fevereiro, segundo dia de curso de jurados, a Mocidade j� tinha entregue todas as modifica��es. A escola n�o pode aceitar que o jurado n�o tenha recebido essas modifica��es, tendo em vista que ainda teria o terceiro dia de curso na Liga", continua a Mocidade, para em seguida acusar a Liga pela falha: "A Liesa, em decis�o interna, quis atualizar o livro. Optou por fazer um novo livro e n�o identificar que foi feita errata". Segundo a Mocidade, portanto, a Liesa entregou um novo livro aos julgadores sem ressaltar os trechos que haviam sido modificados.

"N�o podemos pagar por um erro que n�o � nosso", afirmou na ocasi�o o vice-presidente administrativo da Mocidade, Luis Claudio. "Com mais um nota 10 em Enredo, a gente quebraria um jejum de 21 anos. A Portela n�o tem culpa de nada, mas a Mocidade tamb�m n�o. A divis�o � a melhor forma de resolver o problema", concluiu.


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