S�o Paulo, 17 - A gest�o Jo�o Doria (PSDB) mudou a estrat�gia e o discurso relativo � distribui��o de medicamentos a usu�rios da rede p�blica. Segundo afirmou o secret�rio municipal de Sa�de, Wilson Pollara, nesta segunda-feira, 17, a entrega de rem�dios permanecer� sendo feita nas farm�cias localizadas dentro das Unidades B�sicas de Sa�de (UBSs). Diferentemente do planejado inicialmente, a rede privada prestar� apenas um apoio complementar e numa segunda fase, ainda sem data marcada. "Voltar atr�s n�o � um defeito, mas uma qualidade", disse.
O recuo se deu ap�s tr�s meses de press�o dos mais variados setores de defesa do Sistema �nico de Sa�de na capital. Pollara citou, por exemplo, representantes do Conselho Municipal de Sa�de e vereadores, que insistiram na manuten��o do modelo atual durante audi�ncia p�blica para debater a poss�vel transfer�ncia da entrega dos insumos para as farm�cias particulares.
O novo formato do programa ainda n�o est� fechado. O que se pretende, de acordo com Pollara, � continuar distribuindo medicamentos nas UBSs (a maior parte deles), repassar uma parte para a rede privada (rem�dios menos utilizados) e aumentar a entrega via Correios (para pacientes cr�nicos, por exemplo).
Ap�s assumir o cargo, em janeiro, o secret�rio j� afirmou por diversas vezes que farm�cias privadas e n�o UBSs s�o os locais adequados para distribui��o de rem�dios. A mudan�a no discurso �, segundo ele, fruto dos estudos realizados por sua pasta desde ent�o. Nesta manh�, reconheceu que as orienta��es fornecidas nas unidades de sa�de durante a entrega dos medicamentos � importante para os pacientes fazerem bom uso dos rem�dios, como no caso de prescri��o de antibi�ticos.
Doria, no entanto, n�o trata a nova estrat�gia como um recuo. "N�o abrimos m�o da ideia original de buscar farm�cias como polos de distribui��o, de facilita��o para a popula��o. S�o 3 mil farm�cias privadas versus 611 farm�cias nos postos de sa�de. Essa � a solu��o melhor, mas tudo a seu tempo", disse. Em seguida, confirmou que a utiliza��o da rede particular vai ocorrer de forma complementar.
O prefeito tamb�m voltou a dizer que a Prefeitura n�o vai demitir farmac�uticos que atuam nas farm�cias localizadas dentro das UBSs - s�o 611 pontos de entrega.
Abastecimento
Doria e Pollara fizeram um balan�o nesta segunda, 17, do trabalho feito pela gest�o para abastecer o estoque de medicamentos da Prefeitura. At� 12 de abril, foram investidos R$ 95,9 milh�es na compra de produtos, mais da metade do que se gastou em todo o ano passado. Parte dos recursos � federal e outra do Tesouro. As compras possibilitaram, segundo o secret�rio, o abastecimento quase que completo de 90% das UBSs.