Igreja Universal � condenada a indenizar idosa que quebrou o f�mur durante culto

S�o Paulo, 18 - A Igreja Universal do Reino de Deus foi condenada a indenizar em

R$ 10 mil uma idosa de ent�o 86 anos que quebrou o f�mur durante uma cerim�nia religiosa, ocorrida em fevereiro de 2013. A decis�o ocorreu no dia 29 de mar�o na 6� Vara C�vel de Osasco, por determina��o da ju�za Mariana Horta Greenhalgh. O incidente ocorreu em um templo do bairro Jardim Baronesa, em Osasco.

"� ineg�vel que os fatos narrados ensejaram, al�m da les�o f�sica, sofrimento e ang�stia � autora, tendo em vista as fortes dores oriundas da fratura do f�mur e o comprometimento de seus movimentos, pelo que restam configurados os danos morais", escreveu a magistrada na decis�o.

O advogado Eli�l de Carvalho conta que Maria de Lourdes Souza de Oliveira, de 90 anos, estava na primeira fileira do culto quando ocorreu o ritual de "liberta��o de dem�nios", durante o qual o pastor a teria derrubado enquanto "exorcizava" um fiel. Segundo ele, a aposentada precisou ser submetida a uma cirurgia e sofreu sequelas que a impedem de se locomover sem o uso de cadeiras de rodas.

Em nota, a Igreja Universal afirmou ter agido "com responsabilidade com a v�tima do acidente, prestando todo o apoio". "Repudiamos, por�m, o ju�zo baseado em total aus�ncia de provas, do qual pretendemos recorrer �s inst�ncias superiores", escreveu.

A vers�o �, contudo, contestada por Carvalho, o qual diz que a idosa foi levada para atendimento m�dico por amigos da fam�lia e que a igreja n�o prestou qualquer tipo de ajuda no momento do incidente ou em ocasi�es posteriores - mesmo ela sendo frequentadora h� 24 anos. De acordo com ele, por n�o ter condi��es financeiras de arcar com despesas na rede privada, todo o seu tratamento foi realizado no Sistema �nico de Sa�de.

Ainda segundo o advogado, a fam�lia da v�tima deve recorrer da senten�a para aumentar a indeniza��o. "Entendemos que ela foi boa, mas que esse valor n�o significa nada para uma institui��o do tamanho da Universal. O dano moral tem um poder punitivo. Nesse caso, teria que ser uma indeniza��o de no m�nimo R$ 100 mil", afirma.