Shenzhen, 28 - Em uma semana na China, o prefeito de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB) n�o passou 24 horas sem receber doa��es de empres�rios para a cidade. Foram c�meras de seguran�a, drones, equipamentos para aulas digitais e, ontem, pain�is solares e carros el�tricos.
S�o doa��es decididas ali, na hora, em reuni�es com empres�rios interessados em ter S�o Paulo como potencial cliente. Doria aproveita o cargo de "prefeito da maior cidade do Brasil", sua posi��o de presidenci�vel, exposi��o na imprensa e a experi�ncia em negocia��o para arrancar um "sim" para seus pedidos.
Nesta quinta-feira, 27, em Shenzhen, �ltima cidade do seu roteiro, Doria esteve reunido com a maior empresa de baterias do mundo, a BYD, que atua do setor de celulares ao de �nibus el�tricos.
A previs�o era de conhecer a f�brica da empresa. Funcion�rios disseram que j� era esperado que ele fizesse algum pedido, e tinham disposi��o de doar um carro el�trico. Mas Doria chegou com outros planos. Pediu logo quatro. Ele prometeu usar os ve�culos para ajudar na seguran�a do maior parque da cidade. "O Ibirapuera vai ser um extraordin�rio show room para os ve�culos el�tricos da BYD", disse. A empresa fabrica �nibus el�tricos em S�o Paulo.
Estrat�gia
Doria j� esteve em cinco institui��es financeiras - como bancos e fundos de investimentos. Ele sabe qual � a avalia��o dos chineses: em 2018, o Pa�s come�ar� novo ciclo de crescimento e eles querem ser conhecidos no Brasil. Tanto que todos sinalizam querer ajud�-lo. Esse conhecimento est� incorporado ao "canto da sereia" aos empres�rios.
O prefeito n�o esconde suas estrat�gias. No caso das c�meras de seguran�a, que devem ser objeto de Parceria P�blico-Privada (PPP) anunciada em solo chin�s, ele esteve nos dois fabricantes rivais e fez pedido a ambos. Destacou que o m�todo "j� havia funcionado" na capital, quando pediu carros e motos para fabricantes brasileiros rivais.
Depois de "passar o chap�u" na China, Doria dever� se reunir em agosto com empres�rios chineses para dar sequ�ncia aos seus planos, muitos relacionados ao Plano de Desestatiza��o, que prev�, por exemplo, conceder equipamentos p�blicos.
As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.
(Bruno Ribeiro, enviado especial*)