S�o Paulo, 02 - A administradora de empresas Gisele Ruiz, de 41 anos, � uma das pacientes com c�ncer de pulm�o que se submeteu � bi�psia l�quida no Hospital AC Camargo C�ncer Center para monitorar a doen�a e acabou descobrindo que seu tumor estava resistente � medica��o principal. Com a doen�a avan�ando, era preciso agir r�pido e mudar a droga para a terapia de segunda gera��o, que ainda n�o havia sido aprovada no Brasil.
Na �poca, o hospital conseguiu a libera��o do uso da droga de resist�ncia por meio do uso compassivo - um programa aprovado pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) em que o paciente recebe o medicamento diretamente do laborat�rio, sem custos, enquanto houver benef�cios. E assim Gisele se mant�m at� hoje, com a doen�a sob controle e sem dores.
At� chegar a esta fase, no entanto, a administradora de empresas passou por momentos dif�ceis. O pr�prio diagn�stico da doen�a demorou muito tempo. Por ser uma pessoa ativa, n�o fumante e praticante de muscula��o e exerc�cios f�sicos, as fortes dores nas costas eram frequentemente confundidas com estresse no trabalho ou mau jeito durante a pr�tica esportiva. Ela chegou a fazer fisioterapia e RPG, mas nada tirava a dor.
O diagn�stico veio apenas quando ela teve febre alta e foi internada. Durante os exames, foi constatado que estava com 1,5 litro de l�quido acumulado no pulm�o. A confirma��o do c�ncer chegou ap�s a realiza��o da bi�psia convencional. "O tumor j� estava com met�stase nos ossos. Tive, ent�o, de fazer uma cirurgia para colocar uma pr�tese de tit�nio na perna e um tipo de cimento na bacia", conta a administradora.
Al�m da medica��o alvo para o tumor, Gisele fez seis sess�es de quimioterapia e dez de radioterapia. Nesse per�odo, perdeu 15 quilos e sentia-se extremamente debilitada e enfraquecida. Voltou a morar com os pais e chegou a ficar sem caminhar por um tempo por fortes dores e falta de for�a. At� morfina teve de usar. Depois passou a utilizar uma bengala como apoio.
Ao fim das sess�es de quimioterapia, Gisele foi submetida � bi�psia l�quida, que indicou a resist�ncia do tumor e a necessidade de mudar a medica��o, com o uso compassivo.
Vida normal. "No dia seguinte que comecei a medica��o j� senti uma melhora. Em cinco dias eu j� estava praticamente sem dor. Voltei a ter uma vida absolutamente normal", afirmou.
As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.
(Fabiana Cambricoli)