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Estado de Minas

Naufr�gio na Bahia tem 18 mortes confirmadas; Marinha retoma buscas hoje

Entre as v�timas, est� um beb� de 1 ano que chegou a ser atendido em uma ambul�ncia, mas morreu ap�s a tentativa de reanima��o


postado em 25/08/2017 08:50 / atualizado em 25/08/2017 09:10

Equipe de resgate carrega corpo: hipótese é que más condições climáticas causaram a tragédia(foto: Lucio Tavora/AFP)
Equipe de resgate carrega corpo: hip�tese � que m�s condi��es clim�ticas causaram a trag�dia (foto: Lucio Tavora/AFP)
Menos de 48 horas ap�s a trag�dia no Rio Xingu, no Par�, outro naufr�gio fez v�timas no pa�s, desta vez na Bahia. O acidente foi com uma lancha que tinha 123 pessoas a bordo e fazia a travessia Mar Aberto-Salvador, na manh� de ontem. A Marinha confirmou 18 mortos, entre eles, um beb� de 1 ano — ele chegou a ser atendido numa ambul�ncia, mas, ap�s duas horas de tentativa de reanima��o, foi declarado o �bito. Oitenta e nove pessoas foram resgatadas com vida. As buscas ser�o retomadas hoje.

A hip�tese � que as condi��es clim�ticas tenham causado o naufr�gio. A lancha Cavalo Marinho I saiu da Ilha de Itaparica �s 6h30, com destino ao Terminal N�utico, em Salvador. O acidente aconteceu 10 minutos depois.

De acordo com a Associa��o dos Transportadores Mar�timos da Bahia (Astramab), a lancha estava regular, com documenta��o legal e certificado de vistoria. O n�mero de passageiros atendia � capacidade permitida, de 160.

A lancha � o meio de transporte mais r�pido e barato para moradores da Ilha de Itaparica que trabalham ou estudam em Salvador. O trajeto � feito, diariamente, por cinco mil pessoas, de acordo com a Ag�ncia Estadual de Regula��o de Servi�os P�blicos de Energia, Transporte e Comunica��es da Bahia (Agerba).

Nesta semana, a travessia foi interrompida por causa do per�odo prolongado de mar� baixa — nesses casos, o terminal de Vera Cruz fica inoperante. Na quarta-feira, os fortes ventos e o mar agitado provocaram a suspens�o das viagens com escunas de turismo.

A lancha Cavalo Marinho I estava com a documentação legal e certificado de vistoria em dia(foto: Lucio Tavora/AFP)
A lancha Cavalo Marinho I estava com a documenta��o legal e certificado de vistoria em dia (foto: Lucio Tavora/AFP)

A travessia, que ocorre h� cerca de 55 anos, s� foi regulamentada h� cinco. As empresas CL Transportes e Vera Cruz ganharam licita��o p�blica para realizar o transporte intermunicipal de passageiros. A Agerba informou que � respons�vel por controlar os hor�rios de linhas e terminais, e a fiscaliza��o das embarca��es cabe � Marinha.

O Correio questionou a Marinha sobre a seguran�a nos portos, mas n�o obteve resposta. O comandante F�bio Almeida, porta-voz da Capitania dos Portos da Bahia, n�o deu detalhes sobre como � feita a fiscaliza��o no estado. Ele frisou que no momento a preocupa��o � resgatar as v�timas. O governo da Bahia decretou luto oficial de tr�s dias.


"Vi muitos corpos", diz sobrevivente 

Sobreviventes do naufr�gio na Bahia relataram os momentos de desespero enquanto a lancha afundava. A administradora de empresas Meire Reis, de 53 anos, havia assistido, na noite anterior, �s not�cias do naufr�gio no Rio Xingu. “Eu conversei com meu marido na quarta-feira � noite sobre o acidente com o barco no Par�. Estava triste”, contou.

Diariamente, Meire faz a travessia para Salvador. Ontem, a embarca��o, programada para sair no hor�rio, era a Cavalo Marinho I. “� uma lancha antiga, a menor delas. Roda h� pelo menos uns 40 anos. J� lan�aram a Cavalo Marinho II, III, com capacidade maior. Essa pega somente 129 pessoas mais a tripula��o, com quatro.”

No instante em que a lancha virou, Meire diz que olhou para o teto a fim de pegar os coletes que estavam amarrados com um n� dif�cil de desfazer. Ela n�o sabe nadar. A administradora bateu com a cabe�a no teto do barco, e as pessoas come�aram a cair umas por cima das outras.

“Foi um desespero total. Imagina, no mar, e eu n�o sei nadar. Lembrei da conversa com meu marido e mergulhei. Fui me distanciado do local onde havia desespero. Nisso, eu me deparei com um bote e me segurei nele. O socorro demorou a chegar. Eu olhava e via muitos corpos no mar. Tinha crian�a l�. Que trag�dia.”

O sonoplasta Edvaldo Santos, de 51 anos, tamb�m conseguiu se salvar e reclamou da demora das equipes de salvamento. “Um absurdo. Levaram duas horas para chegar, e est�vamos pr�ximos ao atracadouro.”

No Par�, 21 �bitos 

Mais corpos foram resgatados no Rio Xingu ontem, ap�s o naufr�gio do barco Capit�o Ribeiro, elevando para 21 o n�mero de mortos no acidente, segundo o governo do Par�. Pelo menos 23 pessoas sobreviveram.

O dono do barco afirma que havia 48 pessoas a bordo e n�o 70, como foi divulgado. O homem come�ou a ser ouvido ontem pela pol�cia.

Segundo a Ag�ncia Estadual de Regula��o e Controle de Servi�os P�blicos (Arcon-PA), o barco n�o tinha autoriza��o para fazer o transporte de passageiros e estaria irregular. A per�cia na embarca��o poder� determinar se havia seguran�a para os passageiros.

 

Temer, enfim, se manifesta 

Depois de mais de 24 horas do acidente com uma embarca��o no Par� e ap�s o naufr�gio de ontem na Bahia, o presidente Michel Temer emitiu nota sobre as trag�dias. “A Presid�ncia da Rep�blica lamenta profundamente a perda tr�gica de dezenas de vidas em acidentes com embarca��es no Par� e na Bahia. O presidente Michel Temer manifesta, neste momento de dor, sua solidariedade �s fam�lias das v�timas e coloca a estrutura do governo federal para ajudar nas buscas e no apoio aos sobreviventes”, diz a nota oficial, assinada pela Secretaria Especial de Comunica��o Social da Presid�ncia da Rep�blica. 

 

 


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