
O grupo no Tatuap� costumava atuar aos finais de semana e feriados, quando h� maior probabilidade de a resid�ncia estar vazia. "Eles subiam o drone, faziam o levantamento do local e viam se havia movimenta��o l� dentro ou sinais de moradores, funcion�rios e animais", afirmou o delegado C�sar Saad, titular da 1ª Divis�o de Instiga��es sobre Furtos, Roubos e Recepta��es de Ve�culos e Cargas (Divecar), do Deic. "Ainda assim, tocavam campainha, davam uma verificada e, a� sim, entravam para praticar o furto."
Ao contr�rio de invas�es registradas em outras regi�es da capital, com quadrilhas que usavam at� fuzil AR-15, esse bando agia sem precisar de armamento. Nenhum dos suspeitos aparece manuseando armas de fogo nas imagens das c�meras de seguran�a, cedidas � Pol�cia Civil pelas v�timas. Tamb�m n�o houve apreens�o de armas durante a pris�o em flagrante.
A Pol�cia Civil localizou ao menos nove v�timas dos ataques da quadrilha, que mirava resid�ncias no Jardim An�lia Franco, em �rea de casas de alto padr�o. Com os presos, os policiais apreenderam aparelhos de televis�o, notebook, joias, rel�gios, bicicleta, cart�es de cr�dito e at� bebidas. Dentro do cart�o de mem�ria do drone, os investigadores encontraram imagens de v�rias casas.
Com cart�es de cr�dito apreendidos com os presos, os investigadores conseguiram realizar consultas e identificar o nome de uma v�tima que havia sido furtada dois dias antes.
A pol�cia autuou o grupo em flagrante por recepta��o e associa��o criminosa. Segundo investigadores, a quadrilha praticava furtos a resid�ncias h� cerca de dois meses. Tr�s dos nove suspeitos tinham passagem por furto e roubo. O mais velho tem 54 anos e tr�s deles, 18.
Na regi�o do Tatuap�, onde o bando detido atuava, moradores disseram � reportagem n�o ter percebido o uso de equipamentos como os drones.
Avalia��o
O diretor nacional de opera��es do Grupo GR, que atua na �rea de seguran�a patrimonial, Alexandre Judkiewcz, acredita que o uso do drone por ladr�es � um aperfei�oamento de uma estrat�gia antiga. "Antes, criminosos ficavam em carros, alugavam apartamentos pr�ximos ao local de interesse para observar a movimenta��o da resid�ncia por bin�culos. Hoje, os bandidos tamb�m usam tecnologia."
Segundo Judkiewcz, a t�cnica permite ter informa��o da forma mais discreta poss�vel. "O entra e sai da casa, se est�o de f�rias ou se fica desocupada em determinados dias e hor�rios s�o informa��es importantes para o ladr�o."
Para ele, os propriet�rios de im�veis devem observar se h� equipamentos sobre a casa e por quanto tempo. "Um minuto em cima da resid�ncia, por exemplo, � muito e deve, sim, ser denunciado a pol�cia."
O especialista em seguran�a p�blica e privada Jorge Lordello afirma que a pr�tica ficou mais f�cil pelo barateamento da t�cnica. "Est� mais acess�vel e qualquer pessoa pode comprar na internet." As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.
(Ana Paula Niederauer e Felipe Resk, colaborou Priscila Mengue)