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Estado de Minas

Justi�a manda a j�ri m�e que matou filho por ser gay em Cravinhos


postado em 03/10/2017 16:19

Sorocaba, 03 - A Justi�a decidiu submeter a j�ri popular a m�e que matou o filho de 17 anos por ele ser homossexual, em Cravinhos, no interior de S�o Paulo, em dezembro. Al�m da m�e, a ex-gerente de supermercado Tatiana Ferreira Lozano Pereira, de 32 anos, Victor Roberto da Silva, de 19, e Miller da Silva Barissa, de 18, tamb�m ser�o julgados como autores da morte de Itaberli Lozano.

A v�tima foi morta a facadas e teve o corpo queimado. Os tr�s responder�o pelo crime de homic�dio triplamente qualificado, j� que teria sido cometido por motivo torpe, meio cruel e sem dar chance de defesa � v�tima. Tatiana tamb�m � acusada de oculta��o de cad�ver.

Na mesma decis�o, a Justi�a mandou soltar o padrasto da v�tima, Alex Canteli Pereira, por considerar que as provas contra ele s�o insuficientes para mant�-lo preso. O suspeito j� deixou o Centro de Deten��o Provis�ria (CDP) de Taiuva, onde estava detido, mas responder� por oculta��o de cad�ver.

O Minist�rio P�blico Estadual vai recorrer contra a decis�o de soltar o suspeito. Tatiana e os outros acusados continuam na pris�o. O advogado de defesa dela, Hamilton Paulino Pereira Junior, vai entrar com recurso sob a alega��o de que as provas contra Tatiana tamb�m s�o fr�geis. O mesmo argumento ser� usado pelo advogado dos outros dois acusados, Fl�vio Tiepolo, para pedir a soltura deles.

De acordo com a investiga��o policial, Itaberli foi morto no dia 29 de dezembro, mas seu desaparecimento s� foi registrado dois dias depois pela av� do adolescente. O corpo foi encontrado, carbonizado em um canavial, no dia 7 de janeiro. O reconhecimento foi feito por meio de exame de DNA.

Antes de desaparecer, o adolescente postou em rede social ter sido agredido e amea�ado pela m�e por ser gay. "Que tristeza as fam�lias sem um pingo de amor, nem a m�e por um filho", escreveu. "Fam�lia em primeiro lugar, � o que h� ahahah".

Ao lado da foto em que estavam a m�e e o padrasto, numa refer�ncia �s agress�es, ele escreveu: "Queria ver a recep��o dos dois na cadeia."

� pol�cia, a mulher inicialmente confessou ter dado uma facada no filho porque ele a atacara, depois mudou a vers�o e acusou os dois rapazes, a quem ela havia pedido apenas para dar "um corretivo" no adolescente. Eles, no entanto, disseram que bateram e tentaram enforcar o rapaz na casa da m�e, mas foi ela quem desferiu as tr�s facadas que mataram Itaberli.

Tatiana teve ajuda do marido - padrasto do rapaz - para enrolar o corpo em um edredom, transportar e queimar. Houve ainda a participa��o de uma estudante de 16 anos, que acabou dando informa��es � pol�cia sobre o caso.

Homofobia

O MP sustenta que o crime foi motivado por homofobia, pois a m�e n�o aceitava a condi��o do filho de ser gay. Em depoimento, ela chegou a dizer que "n�o aguentava mais ele", reclamando que o filho levava homens para casa e usava drogas.

Para a promotoria, ficou patente a homofobia pela inconformidade da m�e com o fato de o filho ser gay. J� a pol�cia acredita que ele foi morto em raz�o dos conflitos familiares. A data do julgamento ainda ser� definida pela Justi�a, que decretou sigilo no processo.

(Jos� Maria Tomazela,)


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