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Estado de Minas

Alunos, pais e professores homenageiam v�timas de ataque em Goi�nia


postado em 24/10/2017 22:31

Goi�nia, 24 - Em meio a uma multid�o de branco, o clima era de tristeza, apoio e solidariedade na porta do Col�gio Goyases, em Goi�nia, nesta ter�a-feira, 24. Com camisetas escrito "paz", professores, pais e alunos participaram de um culto ecum�nico em homenagem �s v�timas da trag�dia que atingiu a escola. O local foi palco de um ataque a tiros na sexta-feira, 20, que deixou dois alunos mortos e quatro feridos.

Muito emocionado, o diretor administrativo Luciano Rizzo disse que busca dar apoio aos funcion�rios e � comunidade escolar. "O momento � ainda de consterna��o", afirmou.

Quando chegou, a coordenadora Simone Maulaz foi rodeada de alunos e pais. Entre abra�os, ela sempre dizia: "Eu preciso de voc�s". Em entrevista, ela afirmou que o sentimento ainda � de muita tristeza e dor. "N�o � f�cil ainda lembrar", declarou.

Sentada, a diretora Roseli Rizzo - ou tia Rose, como � chamada - recebia carinho da comunidade que se intitula "fam�lia Goyases" e chorou durante todo o culto ecum�nico.

Familiares de duas v�timas que ainda est�o internadas no Hospital de Urg�ncias de Goi�nia (Hugo) compareceram. O jovem de 13 anos que recebeu alta hospitalar no domingo, 22, tamb�m foi com sua fam�lia. Autoridades, como o governador em exerc�cio Jos� Eliton (PSDB) e a secret�ria estadual de Educa��o, Raquel Teixeira, tamb�m foram ao local.

Ao final, a ex-aluna do col�gio Elisa Marques, de 23 anos, discursou sobre sua rela��o com a escola e em defesa da unidade educacional.

"Quem nunca pisou aqui n�o tem direito de falar da institui��o. Se tem algo que esse col�gio nunca negligenciou foi um ouvido para escutar, um abra�o quando nem sabia que precisava", disse Elisa.

Bullying

O adolescente de 14 anos que realizou o ataque disse em depoimento � pol�cia que sofria bullying na escola. A coordenadora Simone voltou a afirmar que nunca chegou nada a ela sobre algo sofrido pelo estudante.

"Nunca foi levado a escola por parte dele nenhum questionamento", afirmou Simone. Sobre o bullying, ela disse ser preciso que, no �mbito da educa��o, os pais estejam mais presentes nas escolas. "Precisamos estar mais unidos."

O diretor Rizzo explicou que em outro momento vai discutir junto � comunidade escolar todas as quest�es que est�o sendo levantadas, como o bullying.

"Vamos estar dispostos a todos depois para podermos contribuir nessa situa��o e dar novos caminhos para que nossa sociedade melhore", afirmou.

Tristeza e esperan�a

"Eu ensinei minha filha a caminhar e agora ela vai me ensinar a andar como ela vai andar." O depoimento � da m�e de uma das v�timas do ataque a tiros. A adolescente de 14 anos foi baleada em sala de aula e corre o risco de ficar parapl�gica, como confirmou a fam�lia.

Muito emocionada, a mulher n�o conseguiu concluir sua fala. Amparada pelo filho, ela elogiou o Col�gio Goyases, onde tudo aconteceu, e disse acreditar em um milagre. "Eu acredito que Deus v� recuperar a coluna de minha filha", afirmou.

De acordo com ela, a filha tamb�m pede pela recupera��o. "Ela disse: 'Mam�e, fala para os m�dicos que eu quero minhas pernas de volta, que eu quero andar'."

Al�m da coluna, a jovem est� com problema no pulm�o, que tamb�m foi atingido, segundo a m�e. A adolescente continua internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hugo.

O tio da estudante Colemar Santos dirigiu fala ao governador de Goi�s em exerc�cio, presente no local, pedindo para que o governo fa�a de tudo para que a jovem volte a caminhar. "Queremos que, se tiver chance de andar com tratamento em qualquer lugar do mundo, que o Estado possa ajudar", afirmou.


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