S�o Paulo, 03 - Os pais do menino Arthur Aparecido Bencid Silva, de 5 anos, morto com um tiro na cabe�a durante a festa de r�veillon deste ano, prestaram depoimento na tarde desta quarta-feira, 3, no 89� Distrito Policial (Portal do Morumbi). "S� o que a gente quer � que o real culpado seja preso, n�o qualquer pessoa s� para tentar acabar ou amenizar a situa��o", afirma David Santos da Silva, de 33 anos, pai do garoto.
Arthur foi baleado enquanto fazia bolinhas de sab�o para a irm� mais nova, de 2 anos, estourar no quintal de uma casa na Vila S�nia, zona sul da capital. Por volta da 0h10, o garoto caiu, desacordado. Segundo o pai, o menino estava ereto antes do disparo e caiu de costas.
Por falta de provas at� o momento, a Justi�a negou o pedido de pris�o preventiva do homem suspeito de ter provocado a morte do menino. A Pol�cia Civil liberou o preso nesta quarta por volta de 2h, mas pediu exame de per�cia para verificar se a bala que atingiu a crian�a partiu da arma dele.
Laudo necrosc�pico apontou que Arthur foi atingido na regi�o superior do cr�nio por um proj�til de calibre 38. A bala ficou alojada na nuca da crian�a. "No momento em que foi atingido, j� n�o tinha mais chance de sobreviver", afirma Silva. "A gente vem destru�do, mas a gente tem de ajudar a pol�cia tamb�m."
Para o pai, a posi��o da queda do filho e os ferimentos sofridos indicam que o disparo foi feito para cima. "N�o sei o que a pessoa queria comemorar, ainda mais neste Pa�s, na situa��o que est�", diz. "Ainda mais com arma."
A festa aconteceu na casa de um primo de Val�ria Aparecido, de 34 anos, m�e de Arthur. Como n�o moram na regi�o, o pai afirmou que n�o conhecia vizinhos ou tinha desaven�as com moradores da �rea. "N�o tenho ideia de quem pode ter sido."
(Felipe Resk)