Duas pessoas morreram na capital paulista por rea��o � vacina da febre amarela. Como o imunizante � produzido com o v�rus vivo atenuado, h� risco m�nimo de uma pessoa vacinada desenvolver a doen�a mesmo sem ser picada pelo mosquito. Esse tipo de morte, no entanto, � raro: um caso a cada 500 mil pessoas vacinadas.
"Mesmo que raro, existe um potencial de eventos adversos graves. Isso acontece em um caso a cada 500 mil. Se vamos aplicar dez milh�es de doses, vamos esperar esses eventos adversos nessa propor��o. Isso � esperado e, mundialmente, aceito. Mas o n�mero de casos prevenidos ser� muito maior do que os eventos graves associados � vacina��o", diz Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imuniza��es (SBIm).
Segundo o especialista, tem maior risco de desenvolver rea��o idosos com doen�as cr�nicas, gestantes, transplantados e pacientes com o sistema imunol�gico enfraquecido, como os submetidos � quimioterapia. "Por isso, precisa ter uma entrevista, uma triagem para n�o vacinar quem n�o pode ser vacinado. � uma vacina que tem de ter precau��es, n�o � isenta de riscos. Essa � a �nica raz�o pela qual a gente n�o aplica a vacina no Pa�s todo", destaca Kfouri.
Uma das v�timas da rea��o foi uma idosa de 76 anos, moradora de Ibi�na, no interior de S�o Paulo, mas que foi transferida para a capital quando seu quadro se agravou. Por essa raz�o esta morte est� sendo contabilizada nos registros de S�o Paulo. A secretaria n�o divulgou detalhes sobre a outra v�tima.
Procurada, a Secretaria Estadual da Sa�de ainda n�o informou o n�mero de casos de rea��o � vacina registrados nos outros munic�pios paulistas.
(Fabiana Cambricoli e Paula Felix)