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Estado de Minas

'Vinham prometendo uma chacina desde novembro', diz filho de v�tima de Fortaleza


postado em 28/01/2018 13:30

Fortaleza, 28 - Foram tr�s ou quatro carros, os relatos s�o diferentes. De dentro dele, sa�ram homens armados que, com calma, come�aram a efetuar disparos. O marceneiro Glauber Souza de Oliveira, de 24 anos, conta que seu pai, o comerciante Antonio Jos� Dias de Oliveira, de 54 anos, s� teve tempo de jogar o filho e a mulher para tr�s da barraca de lanches que mantinha na frente do Forr� do Gago, em Cajazeiras, Fortaleza, cen�rio da maior chacina da hist�ria do Cear�. O comerciante morreu na hora.

Glauber conta que, em mensagens de �udio compartilhadas pelo WhatsApp, a chacina no bairro j� vinha sendo prometida desde novembro passado. Nas amea�as, integrantes da fac��o Guardi�es do Estado (GDE), diziam que "iam matar todo mundo" no bairro, visto como �rea de influ�ncia do grupo carioca Comando Vermelho (CV), fac��o rival ao GDE.

"Meu pai era marceneiro, mas tinha o sonho de abrir o pr�prio neg�cio. Quando o forr� come�ou a ficar cheio, ele montou uma barraca na frente. Vendia lanches, salgados, coxinhas, suco, caf�", diz o filho.

"Ele ficou entre o poste e a barraca quando come�ou o tiroteio. Meu irm�o, que estava junto, foi jogado pelo meu pai para tr�s da barraca. A mulher dele estava junto e ele jogou ela tamb�m. Meu irm�o foi atingido por um tiro na perna. A mulher do meu pai n�o levou tiros", conta o rapaz, que mora em um bairro vizinho � chacina e s� soube do ocorrido horas depois.

Oliveira tinha nove filhos, de dois casamentos. O mais novo tem um ano, completado recentemente, segundo o marceneiro - foi o pai que o havia ensinado o of�cio.

O rapaz conta que, apesar das amea�as, n�o se pensava que o ataque seria no forr�. "� um forr� normal, que vai todo mundo. N�o era um lugar que era festa de fac��o. Pelo que contam, todo mundo come�ou a correr, mas eles entraram e come�aram a atirar em um por um. Falaram que, depois que atiraram, ainda ficaram por l� mais um tempo, deram volta na rua. S� depois de uns 40 minutos foram embora", relata.

Na manh� deste domingo, 28, enquanto fazia reconhecimento e cuidava das burocracias relacionadas � libera��o do corpo do pai, Oliveira comentava o ocorrido dizendo que aquele era o resultado de uma escalada de viol�ncia que se notava havia mais de um ano. "N�o foi um fato isolado. Foi uma coisa que foi crescendo", dizia, ainda em choque. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.

(Bruno Ribeiro)


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