PF prende integrante do PCC em voo vindo de Fortaleza

A Pol�cia Federal prendeu Claudiney Rodrigues de Souza, de 36 anos, no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande S�o Paulo. Conhecido como "Cl�udio Boy" e apontado como integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), ele foi preso nesta segunda-feira ao desembarcar de um voo vindo de Fortaleza, onde na semana passada duas lideran�as da fac��o foram assassinadas. A pol�cia ainda n�o sabe se Cl�udio Boy tem rela��o com o caso.

Em nota, a PF informou que Souza � considerado foragido da Justi�a de Minas Gerais e integrava a lista de procurados da Interpol. "Contra ele h�, pelo menos, sete mandados de pris�o em aberto, expedidos pelas 1ª e 3ª Varas de T�xicos e pelos I e II Tribunais do J�ri, todas da Comarca de Belo Horizonte", informou a pol�cia.

Segundo a PF, a pris�o aconteceu ap�s ser descoberto que Souza usava uma identidade falsa, recurso que usava nas viagens que fazia pelo Brasil e ao exterior. Com nome falso, disse a pol�cia, ele se estabeleceu como empres�rio e adquiriu bens na cidade de Fortaleza. A investiga��o contou com o apoio da Ag�ncia de Imigra��o Americana Immigration and Customs Enforcement - ICE - e da Intelig�ncia da Pol�cia Civil de Minas Gerais.

"O envolvido responde pelos crimes de homic�dio e tr�fico internacional de drogas e, segundo informa��es da Pol�cia Civil, seria um dos bra�os do Primeiro Comando da Capital (PCC) em Minas Gerais. Existem suspeitas de que, mesmo procurado, ele seguiria atuando em opera��es relacionadas ao tr�fico internacional de drogas", informou a PF. Preso no aeroporto, ele foi levado para o Complexo Penitenci�rio Nelson Hungria, em Contagem, no Estado de Minas.

Assassinato

Na sexta-feira passada, duas lideran�as nacionais do PCC foram encontradas mortas na regi�o metropolitana de Fortaleza. Rog�rio Jeremias de Simone, o Geg� do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, foram assassinados em uma suposta emboscada em um territ�rio ind�gena em Aquiraz, a 30 quil�metros de Fortaleza. As v�timas eram apontadas como as mais fortes lideran�as soltas do Primeiro Comando da Capital (PCC) e uma rixa interna na fac��o � o que pode ter motivado as mortes.

Parentes das v�timas suspeitam que a emboscada no Cear� tenha sido executada por homens que faziam a seguran�a de Geg� e de Paca. Duas hip�teses principais est�o sendo consideradas para o caso. A primeira, apontada por integrantes do Grupo de Atua��o Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP de Presidente Prudente, no interior de S�o Paulo, � que a morte de Geg� tenha acontecido em repres�lia ao assassinato de Edilson Borges Nogueira, o Biroska, em 5 dezembro na Penitenci�ria 2 de Presidente Venceslau. Biroska fora batizado na fac��o por Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, chefe-mor do PCC, e possu�ra fun��es na Sintonia Final, c�pula da fac��o, antes de ser morto a golpes de estilete durante o banho de sol.

Outra possibilidade � que, solto nas ruas, Geg� estava ganhando mais poder do que os l�deres presos do PCC desejavam. "Acredito que o Geg� tenha crescido demais e (eles) agiram para cortar essa lideran�a. Na rua, era o membro mais forte que o PCC tinha", disse o procurador de Justi�a do MP paulista M�rcio S�rgio Christino, que atuou em investiga��es contra o PCC na d�cada de 1990 e nos anos 2000.

(Marco Ant�nio Carvalho)