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Estado de Minas

Doen�a do pombo deixa tr�s pessoas hospitalizadas e coloca DF em alerta

Ao menos cinco moradores do DF foram contaminados, este ano, por fungos presentes nas fezes das aves, concentradas em pontos com concentra��o de lixo e sobras de comida. Doen�a causa meningite, complica��es cerebrais, pneumonia e at� a morte


postado em 22/02/2018 10:47

(foto: Minervino Junior/CB/D.A Press)
(foto: Minervino Junior/CB/D.A Press)
Tr�s pessoas est�o internadas no Hospital de Base contaminadas com criptococose, doen�a infecciosa letal transmitida por fungos presentes nas fezes de pombos. Dois pacientes receberam alta no in�cio da semana ap�s ficarem quase um m�s hospitalizados. O mal causa meningite, complica��es cerebrais e pneumonia. O �ndice de mortalidade, segundo a literatura m�dica, chega a 70%. Especialistas dizem ser preciso controlar a prolifera��o dessas aves para reduzir os riscos de infec��o. 

Embora pare�a baixo, os cinco casos s�o um indicativo da necessidade do monitoramento da popula��o de pombos — considerado praga urbana. Al�m da criptococose, eles podem transmitir psitacose (que atinge os pulm�es), histoplasmose (causa infec��es) e salmonelose (afeta o intestino). Os casos n�o s�o de notifica��o compuls�ria, ou seja, a Secretaria de Sa�de n�o � obrigada a fazer o registro. Mas algumas unidades registraram informalmente casos em 2017. Ningu�m morreu no DF com a doen�a.

H� 19 dias, a fam�lia da auxiliar de servi�os gerais Valdin�ia Almeida Castro, 39 anos, trava uma batalha contra o fungo. M�e de duas meninas, de 11 e 13 anos, a moradora de Taguatinga faz parte do trio hospitalizado. O primeiro sintoma, uma dor de cabe�a forte, apareceu em 3 de fevereiro. Do atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Recanto das Emas � interna��o no Hospital de Base foram seis dias.

“Os m�dicos pediram uma tomografia, depois uma resson�ncia magn�tica. Havia uma mancha grande no c�rebro”, conta a manicure Valquiria Almeida Castro, 43, irm� de Valdin�ia. 

O fungo causa altera��es no trato respirat�rio e no sistema nervoso central. Dependendo da regi�o do c�rebro atingida, diminui a consci�ncia, provoca convuls�es, cegueira e surdez. A contamina��o ocorre pela aspira��o do fungo. “As sequelas s�o graves. A rea��o inflamat�ria pode levar a meningite e a morte”, destaca a neurologista Jerusa Smid da Academia Brasileira de Neurologia.

Controle

O protocolo do Minist�rio da Sa�de destaca como medida preventiva o controle da popula��o dos pombos. “H� locais, como em quadras comerciais, em que o lixo � acondicionado inadequadamente. N�o podemos alimentar essas aves”, ressalta a infectologista Joana D’Arc Silva, especialista em medicina tropical.

A Secretaria de Sa�de recomenda que em locais onde h� muitos pombos os moradores pe�am uma inspe��o da Diretoria de Vigil�ncia Ambiental, pelo telefone 160. “Os t�cnicos da diretoria agendar�o uma visita para analisar o risco relativo � sa�de p�blica e tomar as provid�ncias. A Vigil�ncia Ambiental n�o faz captura ou elimina��o desses animais, por�m, nas inspe��es, identifica a origem do foco”, explica a pasta, em nota.

A reportagem fez tr�s or�amentos em empresas de dedetiza��o contra pombos. O processo � feito em tr�s fases, custa R$ 900 e deve ser repetido a cada dois meses. T�cnicos aplicam inseticida contra o piolho do pombo. Depois, recolhem ovos, pombos e ninhos. Por fim, usam um repelente para afastar novos animais.

A infec��o

» O fungo causa altera��es no trato respirat�rio e no sistema nervoso;
» Pode causar meningite e pneumonia,  provoca convuls�es, cegueira e surdez;
» A doen�a pode levar � morte;
» A contamina��o ocorre pela aspira��o do fungo;
» O fungo est� nas fezes do pombo;
» A principal medida preventiva � o controle da popula��o de pombos;
» Os principais sintomas s�o dores de cabe�a, confus�o mental e comprometimento pulmonar.

Mem�ria
 
Mortes no Centro-Oeste
Nos �ltimos sete anos, ao menos duas pessoas morreram em Goi�s e no Mato Grosso com criptococose. Em dezembro de 2011, uma adolescente de 17 anos morreu em consequ�ncia da doen�a em An�polis (GO). Em 2013, um caso grave foi registrado na regi�o metropolitana de Goi�nia. O paciente se recuperou. Em mar�o do ano passado, o funcion�rio dos Correios de V�rzea Grande (MT) Celso Luis Gomes, 47 anos, morreu afetado pelo fungo.


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