Rio de Janeiro, 05 - A pol�cia do Rio de Janeiro confirmou nesta segunda-feira, 5, que um idoso, morador da Vila Kennedy, morreu v�tima de bala perdida em um tiroteio no domingo, 4, na favela, que fica na zona oeste da capital fluminense. Ele tinha 66 anos e foi baleado na cabe�a. As For�as Armadas estiveram na comunidade no s�bado, 3, e n�o houve embate com bandidos. Na manh� desta segunda-feira, 5, PMs e traficantes se enfrentaram novamente, informaram os moradores - a pol�cia n�o confirmou o confronto.
Segundo informa��es oficiais, o idoso e uma outra moradora, baleada na coxa sem gravidade, foram alvejados em uma troca de tiros entre criminosos e policiais da Unidade de Pol�cia Pacificadora (UPP). Os PMs foram atacados em uma localidade conhecida como Bairro 13, no fim da tarde, divulgou a PM, depois de abordarem uma motocicleta com dois suspeitos. Vizinhos contaram que n�o foi um embate longo.
J� nesta segunda-feira, houve confronto entre bandidos e policiais do Batalh�o de Choque da PM, segundo relatos de moradores. Nos dois epis�dios, ningu�m foi preso. N�o foram feitas apreens�es.
A Vila Kennedy foi alvo de quatro opera��es pontuais das For�as Armadas desde a decreta��o da interven��o federal na seguran�a do Rio, no dia 16 de fevereiro, logo ap�s o carnaval, pelo presidente Michel Temer (MDB). Foram retiradas barricadas do tr�fico que impediam a passagem de ve�culos das for�as de seguran�a. Com a sa�da das tropas, as barreiras foram recolocadas pelos criminosos.
Ao comentar o destinos das UPPs no escopo da interven��o, o novo secret�rio de Seguran�a do Rio, o general Richard Nunes, citou a favela como um local de "�ndices de criminalidade controlados", para o qual seria oportuno atrair a��es sociais do poder p�blico.
"Levaremos as a��es sociais do Ex�rcito, com a participa��o de outras institui��es", afirmou, em entrevista ao jornal O Globo publicada domingo. A UPP da Vila Kennedy foi inaugurada em 2014, mas o tr�fico resiste at� hoje.
Os moradores criticam o abandono da UPP e do poder p�blico de uma forma geral.
"A gente n�o precisa de militar, e, sim, de escola, de posto de sa�de. Tem certeza absoluta de que (a interven��o) n�o vai adiantar nada. No in�cio, fizeram grande propaganda, disseram que iriam tomar a comunidade de volta. Mas o que se viu (no s�bado) foram oito horas de trabalho. Eles chegam, d�o o expediente deles e v�o embora", criticou um rapaz em entrevista � reportagem no domingo.
(Roberta Pennafort)