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Estado de Minas

Maior chacina de SP teve muni��o do mesmo lote usado na morte de Marielle

Balas mataram 17 pessoas em Osasco e Barueri. A pol�cia ainda n�o sabe se elas foram desviadas ou roubadas


postado em 16/03/2018 16:03 / atualizado em 16/03/2018 16:21

(foto: Mauro Pimentel/AFP )
(foto: Mauro Pimentel/AFP )

A Pol�cia Civil do Rio encontrou na cena do assassinato da vereadora Marielle Franco, que aconteceu na noite da quarta-feira, muni��es do mesmo lote ao qual pertenciam as balas usadas no caso que terminou com 17 mortos e sete feridos na Grande S�o Paulo em 2015.

A descoberta foi divulgada nesta sexta-feira, quando foi constatado que muni��es 9 mil�metros do lote UZZ-18 da Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), originalmente encaminhado para a Pol�cia Federal em Bras�lia em 2006, foram usadas na morte da parlamentar.

O jornal O Estado de S. Paulo revelou em 3 de setembro de 2015 que as muni��es usadas nas diferentes cenas dos assassinatos em Osasco e Barueri, na Grande S�o Paulo, pertenciam a cinco lotes (UZZ18, BNT84, BIZ91, AAY68 e BAY18) destinado a for�as de seguran�a: PF, Pol�cia Militar e Ex�rcito. Al�m do UZZ-18, a PF havia adquirido o lote BTN-84.

A investiga��o n�o conseguiu determinar o caminho da muni��o at� o seu uso nos assassinatos em S�o Paulo. Integrantes da for�a-tarefa que investigavam a chacina consideravam que a principal hip�tese � que as muni��es poderiam ter sido desviadas ou roubadas e acabaram nas m�os de bandidos. Tr�s policiais militares e um guarda civil foram condenados em setembro e em mar�o pelos crimes a penas superiores a 100 anos de pris�o.

� reportagem nesta sexta-feira, o promotor Marcelo Oliveira, que representou a acusa��o nos julgamentos em Osasco, lembrou que o Estado vizinho chegou a ser citado em um dos depoimentos. "No depoimento de um capit�o do Ex�rcito, chamado pela defesa, houve a men��o de que um sargento havia extraviado muni��es e enviado para o Rio. Ele foi mandado embora da corpora��o, segundo esse capit�o", detalhou o promotor.

Um dos condenados pela chacina, o policial militar Victor Cristilder havia servido ao Ex�rcito e a acusa��o tentava descobrir uma eventual rela��o dele com a aquisi��o ilegal das muni��es usadas no crime. "Perguntamos sobre a muni��o, se o Victor tinha acesso, mas como testemunha de defesa o capit�o claro que disse que ele n�o tinha", disse Oliveira.

O promotor destacou a necessidade de que o caminho da muni��o seja investigado no caso do Rio para que se chegue aos culpados. "Se essa situa��o do lote realmente for confirmada, � claro que h� um descontrole muito perigoso em rela��o a armas e muni��es. E fica claro para qualquer um que a suspeita recai sobre integrantes de for�as de seguran�a", disse.


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