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Estado de Minas

PSOL entra com representa��o contra desembargadora que acusou Marielle

A desembargadora Mar�lia Castro Neves escreveu em redes sociais que "a quest�o � que a tal Marielle n�o era apenas uma 'lutadora', ela estava engajada com bandidos!


postado em 18/03/2018 19:18 / atualizado em 20/03/2018 08:29

Desembargadora Marília Castro Neves(foto: Reprodução/Facebook)
Desembargadora Mar�lia Castro Neves (foto: Reprodu��o/Facebook)

Rio de Janeiro - O PSOL entrou no Conselho Nacional de Justi�a (CNJ) com representa��o contra a desembargadora Mar�lia Castro Neves, do Tribunal de Justi�a do Rio de Janeiro. Na �ltima sexta-feira (16), a magistrada acusou a vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada na �ltima quarta-feira (14), de estar "engajada com bandidos", ter sido "eleita pelo Comando Vermelho" e ter descumprido "'compromissos' assumidos com seus apoiadores". O partido e familiares da parlamentar repudiam as acusa��es. A reportagem procurou a desembargadora, que n�o retornou o contato.

"Representamos contra a desembargadora no CNJ e esperamos que o Judici�rio mostre que essa mulher � uma exce��o nesse Poder, para o bem da democracia", afirmou o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL). Neste domingo, ele participou de ato em homenagem � vereadora no complexo de favelas da Mar�, na zona norte do Rio, onde Marielle viveu.

Na sexta-feira, a desembargadora escreveu que "a quest�o � que a tal Marielle n�o era apenas uma 'lutadora', ela estava engajada com bandidos! Foi eleita pelo Comando Vermelho (fac��o criminosa carioca) e descumpriu 'compromissos' assumidos com seus apoiadores. Ela, mais do que qualquer outra pessoa 'longe da favela' sabe como s�o cobradas as d�vidas pelos grupos entre os quais ela transacionava. At� n�s sabemos disso".

O texto continua: "A verdade � que jamais saberemos ao certo o que determinou a morte da vereadora, mas temos certeza de que seu comportamento, ditado por seu engajamento pol�tico, foi determinante para seu tr�gico fim. Qualquer outra coisa diversa � mimimi da esquerda tentando agregar valor a um cad�ver t�o comum quanto qualquer outro".

Freixo criticou quem tenta atingir a imagem de Marielle: "Esses imbecis, togados ou n�o, que tentam de alguma maneira mat�-la de novo, n�o v�o conseguir. A Marielle est� sofrendo um duplo homic�dio. N�o basta o covarde que apertou o gatilho, ainda tem covarde de plant�o que n�o est� preparado para julgar, mas para prejulgar, dizendo que a Marielle foi casada com bandido, com traficante, que sua filha � isso... � um n�vel de perversidade que a gente n�o est� disposto a aturar. A Marielle n�o teve a filha, a Luyara, com um traficante. Mas e se fosse? Isso condena a Marielle a qu�? O pai da Luyara � um rapaz que trabalha no Luta pela Paz, dentro da favela da Mar�. A Marielle foi eleita com 7 mil votos (recebidos) no Jardim Bot�nico. Depois foi Barra (da Tijuca), Copacabana e Laranjeiras. Como assim dizer que Marielle foi eleita por Comando tal ou Comando tal?"

Ap�s constatar o volume de cal�nias de que Marielle passou a ser v�tima, um grupo de advogadas come�ou na �ltima quinta-feira (15) a rastrear as postagens mentirosas contra a vereadora. Todos os casos, com seus respectivos autores, ser�o encaminhados � Delegacia de Repress�o a Crimes de Inform�tica (DRCI), da Pol�cia Civil, ou � Justi�a para pedido de retrata��o p�blica. At� domingo (18) j� haviam sido recebidas mais de 2.000 den�ncias. Elas podem ser enviadas para o e-mail [email protected].

Manifesta��o


Milhares de pessoas participaram de caminhada em homenagem a Marielle no in�cio da tarde deste domingo no complexo de favelas da Mar�. Al�m de moradores, havia pol�ticos como Freixo, o vereador Tarc�sio Motta, o deputado estadual Flavio Serafini e o deputado federal Chico Alencar, todos do PSOL, e os deputados federais Benedita da Silva (PT), Jandira Feghali (PCdoB) e Alessandro Molon (PSB), todos eleitos pelo Rio. Tamb�m havia artistas, como D�bora Bloch, Camila Pitanga, Marcelo Adnet e Bruna Linzmeyer.

"Quando a quest�o � ideol�gica, eu acho saud�vel haver debate. Quando uma vereadora � executada, n�s temos que esclarecer, porque � um crime contra a democracia", afirmou Adnet.

Durante a manifesta��o, da qual participaram v�rios familiares de Marielle, mulheres da comunidade discursaram: "Pensam que o lugar de gente preta e pobre � no cemit�rio ou na cadeia, mas n�o vamos deixar. Vamos continuar na pol�tica", afirmou uma delas. At� este domingo, o Disque Den�ncia j� recebeu 23 den�ncias envolvendo o assassinato da vereadora.

Na pr�xima ter�a-feira (20), a partir das 19h, haver� um ato ecum�nico na Cinel�ndia (regi�o central) em homenagem adiantada ao s�timo dia da morte de Marielle. O plano do PSOL e de entidades de direitos humanos � que o ato seja repetido nesse hor�rio em outras cidades do Pa�s e do mundo. Antes, �s 17h, manifestantes v�o se reunir ao redor da igreja da Candel�ria, de onde partir�o em passeata rumo � Cinel�ndia. O ato, convocado pela internet, j� havia recebido a ades�o virtual de mais de 40 mil pessoas at� as 18h de domingo.


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