Assessora de Marielle conta que tiros que mataram a veradora duraram 'um segundo'

Rio de Janeiro, 18 - A assessora de imprensa da vereadora Marielle Franco, assassinada na semana passada, no Rio, contou que o som dos tiros que atingiram o carro onde estavam e que mataram Marielle e o motorista Anderson Pedro Gomes durou "um segundo". Ela concedeu entrevista ao programa Fant�stico, da Rede Globo, e contou como foi o momento do homic�dio.

"Est�vamos olhando o celular. Um minuto antes, mais ou menos, eu vi a Marielle comentar alguma coisa do tipo: eita. Mas um coment�rio muito tranquilo. N�o era um susto. No momento dessa interjei��o dela, ouvi uma rajada. Na mesma hora me abaixei. Eu estava achando que ela estava se abaixando junto comigo. Foi um barulho forte, mas r�pido", disse a assessora, que, por seguran�a, n�o divulgou sua imagem e nome.

Ela disse que, quando ouviu os tiros, achou que estivessem passando por uma �rea de fogo cruzado. "Nesse momento, o Anderson fez assim: 'ai'. E eu estava ali abaixando. N�o vi se veio de um carro, de uma moto, de nada. N�o sei de onde veio isso. E logo depois do 'ai', vi que os bra�os dele que seguravam o volante ca�ram", afirmou. O carro foi parado por ela, que dominou o volante e puxou o freio de m�o.

Ao deixar o carro, a assessora sinalizou para os carros e gritou pedindo socorro. Ela contou ainda que foi acalmada por uma mulher que chamou pol�cia e ambul�ncia. At� ent�o, achava que Marielle e Anderson estivessem desmaiados. Apenas com a chegada da pol�cia, ouviu o coment�rio de que apenas uma pessoa havia sobrevivido aos tiros.

"A coisa da sobrevivente me marcou muito. Eu queria a Marielle viva. Eu queria o Anderson vivo. Sobreviver � muito cruel. Por que eu preciso sobreviver? Que coisa horrenda. Que viol�ncia � essa?", disse.

"As autoridades t�m que me dizer logo quem foi que fez isso e por que fez isso. � isso que eu espero", afirmou a assessora de Marielle.

(Fernanda Nunes)