'PMERJ Presente': ato de PMs usar� frase citada em manifesta��es por Marielle

Rio, 21 - Uma manifesta��o chamada por policiais militares est� usando em sua convoca��o a frase "PMERJ Presente!", em alus�o �s palavras de ordem ouvidas nas ruas nos atos em mem�ria da vereadora Marielle Franco (PSOL), executada h� uma semana

Eles desejam que o esclarecimento de mortes de policiais (134 em 2017) receba o mesmo empenho da Pol�cia Civil que, acreditam, est� sendo empregado nas investiga��es para se chegar aos assassinos de Marielle, disse Nilton Silva, do grupo SOS Pol�cia, que est� apoiando a manifesta��o.

"Voc� � PM? T� cansado de maus tratos do Estado? T� cansado de ver os colegas tombados e nada ser feito?", diz o chamado para o protesto, marcado para este domingo, 25, �s 10h, na Praia de Copacabana (zona sul).

A mensagem est� circulando em redes sociais. A organiza��o � da Associa��o Somos Todos Sangue Azul, criada por parentes de policiais, que cobra a��es do Estado para evitar mais mortes e elucidar os crimes.

"Como teve o 'Marielle Presente!', criaram o 'PMERJ Presente!'. A gente est� pedindo que haja investiga��o ison�mica para todos os que morrem, n�o s� pol�ticos, ju�zes, desembargadores. Que os crimes contra PMs sejam investigados com a efici�ncia que est� se buscando. Morreu uma pessoa da maneira como ela morreu, e os policiais est�o morrendo tamb�m", disse Nilton Silva.

Os colegas das v�timas se ressentem do fato de as investiga��es n�o serem divulgadas nos casos de PMs mortos. "A gente n�o sabe quantos crimes foram desvendados, que marginais foram presos. N�o se pode aceitar a morte de policiais, n�o pode ser banalizado. � uma ofensa ao Estado. A gente tamb�m � ser humano, tem fam�lia, quer a busca de uma resposta", afirmou.

Marielle tinha 38 anos, estava em seu primeiro mandato na C�mara de Vereadores e foi executada a tiros dentro de seu carro na noite de quarta-feira, 14, ao sair de um encontro de mulheres negras. No atentado, tamb�m morreu seu motorista, Anderson Gomes.

Ela pautava seu mandato na defesa dos direitos humanos, com foco em mulheres, popula��o negra, moradora de favela e LGBTs. A vereadora havia denunciado abusos cometidos por policiais militares em favelas como Acari e Mar�, onde nascera, e era contra a interven��o federal na seguran�a do Rio.

As investiga��es ainda est�o em andamento, conduzidas pela Delegacia de Homic�dios da capital, e existem ind�cios de que sua atua��o pol�tica motivou a execu��o. Ela n�o havia recebido amea�as, segundo parentes e colegas do PSOL.

(Roberta Pennafort)