'Fruto de �rduo trabalho', diz advogado sobre bens de sacerdotes presos por desvio de dinheiro

Ap�s a segunda oitiva com os acusados de desviar dinheiro de par�quias na regi�o de Formosa, nesta quarta-feira (21/3), o advogado de defesa do grupo, Bruno Opa, afirmou que os bens confiscados e apontados como resultado de crime s�o "fruto de trabalho �rduo dos padres".

"Temos como justificar todos os gastos", garantiu Opa, segundo o qual a defesa dos suspeitos est� sendo feita por um grupo de advogados. Ele ressaltou que os outros representantes da defesa devem se reunir ainda nesta quarta para definir uma estrat�gia.

Segundo o promotor � frente do caso, Douglas Chegury, os acusados ouvidos at� agora negaram as acusa��es e disseram v�rias vezes n�o se lembrar de fatos, numa tentativa, segundo o membro do Minist�rio P�blico de Goi�s (MPGO), de n�o se complicarem mais. "Os depoimentos foram marcados por incoer�ncias, inconsist�ncias e contradi��es", ressaltou.

 

Reuni�o com fi�is

 

Ap�s a oitiva, os promotores receberam cinco representantes da comunidade crist� da cidade para explicar o andamento das investiga��es. Eles esclareceram como a opera��o come�ou e quais s�o as acusa��es contra os l�deres religiosos.

Os nove suspeitos est�o presos temporariamente (cinco dias). Os promotores querem estender o prazo por mais cinco dias e conseguir aprova��o da Justi�a para converter a pris�o em preventiva, que n�o prev� prazo para soltura.  

Antes da reuni�o, cerca de 100 fi�is da igreja organizaram um protesto em frente � sede do MP, onde eram colhidos os depoimentos. Eles rezaram e pediram justi�a. Os acusados sa�ram vaiados do local, em dire��o ao Pres�dio de Formosa. O ato come�ou �s 11h e terminou por volta das 13h.

 

Bispo e padres presos

 

Foram presos o bispo respons�vel por 33 par�quias em 20 munic�pios goianos, dom Jos� Ronaldo Ribeiro; o monsenhor Epit�cio Cardozo Pereira, vig�rio-geral da Diocese de Formosa; os padres e p�rocos Moacyr Santana, Waldoson Jos� de Melo e M�rio Vieira de Brito; o padre e juiz eclesi�stico Thiago Wenceslau; o secret�rio da c�ria, Guilherme Frederico Magalh�es; e os empres�rios, acusados de serem laranjas da quadrilha, Pedro Henrique Costa Augusto e Ant�nio Rubens Ferreira. Eles s�o alvo de opera��o que apura desvio de mais de R$ 2 milh�es de templos em Formosa (GO).

Nesta ter�a-feira (20/3), mais tr�s acusados foram escutados por representantes do Minist�rio P�blico de Goi�s (MPGO). Os padres M�rio Vieira de Brito e Moacyr Santana, e o secret�rio da C�ria da regi�o, Guilherme Frederico Magalh�es compareceram ao �rg�o, em Formosa, por volta das 8h. A sess�o durou cerca de 4 horas. O bispo dom Jos� Ronaldo Ribeiro deve ser escutado nesta quinta-feira (22/3).