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Estado de Minas

Denunciado por Marielle Franco, batalh�o do Rio � alvo de 212 inqu�ritos


postado em 22/03/2018 08:54

Rio, 22 - O 41� Batalh�o de Pol�cia Militar do Rio (Iraj�) - alvo de den�ncia feita pela vereadora Marielle Franco (PSOL), quatro dias antes de ser assassinada - � investigado em 212 inqu�ritos do Minist�rio P�blico Estadual (MPE) do Rio que apuram casos de homic�dio. Por esse trabalho, o Grupo de Atua��o Especializada (Gaesp) em Seguran�a P�blica do �rg�o j� denunciou 23 PMs do batalh�o.

Segundo o Gaesp, as den�ncias sobre supostos abusos cometidos por PMs da unidade s�o acompanhadas desde abril de 2016. Os crimes em apura��o s�o, na sua maioria, os homic�dios decorrentes de interven��o policial ou autos de resist�ncia. Ainda segundo o Gaesp, muitos casos s�o antigos, de dif�cil elucida��o, porque j� aconteceram h� muito tempo.

Em alguns casos, peritos respons�veis pelos primeiros exames j� deixaram o cargo, o que dificulta a busca por informa��es complementares. Tamb�m h� dificuldades para encontrar a fam�lia das v�timas.

O MPE informou que foi instaurado um procedimento preparat�rio para identificar "eventuais falhas ou excessos" e buscar alternativas que diminuam os riscos � popula��o e aos pr�prios PMs. Questionadas pela reportagem sobre os casos, a Secretaria de Seguran�a e a Pol�cia Militar n�o responderam.

Desde 2013, segundo o Instituto de Seguran�a P�blica do Rio, o 41.� � recordista em homic�dios cometidos pela pol�cia no Estado, entre todos os batalh�es. Nos �ltimos dez anos, a m�dia anual na �rea dos bairros atendidos pela unidade, na zona norte, foi de 57 mortes. De 2008 ao ano passado, o pico foi em 2016, quando come�ou o trabalho do Gaesp. Foram 92 homic�dios, quase o dobro do verificado em 2015 (48). Em 2017, foram 69 registros. O Gaesp tem feito palestras para os PMs para baixar a letalidade nas a��es.

Den�ncia

Quatro dias antes de ser morta a tiros, no centro do Rio, Marielle publicou nas redes sociais den�ncia sobre os homic�dios de dois homens atribu�dos a PMs do 41.�, no dia 5.

Uma semana antes do assassinato, a reportagem havia pedido posicionamento da PM sobre essa acusa��o dos moradores. Na ocasi�o, em nota, a corpora��o respondeu que o batalh�o realizou opera��o na comunidade no dia. Disse tamb�m que os PMs foram recebidos a tiros, mas n�o informou se a a��o resultou em dois mortos.

Segundo a corpora��o, o 41.� foi acionado pelo Hospital do Acari, onde uma pessoa morreu ap�s ser ferida por arma de fogo. E disse ter sido chamada para outra ocorr�ncia, de encontro de cad�ver na Pavuna, ao lado de Acari. Mas n�o confirmou a autoria das mortes.

� reportagem, moradores contaram que as v�timas n�o tinham envolvimento com bandidos e que seus corpos foram jogados numa vala. Disseram tamb�m que eles pr�prios tiveram de resgatar os cad�veres. Denunciaram ainda que, por causa da interven��o na seguran�a, policiais do 41.� BPM t�m se sentido "livres" para cometer excessos.

PMs desse batalh�o s�o acusados ainda de participar da chacina de Costa Barros, h� dois anos. Na ocasi�o, cinco jovens foram mortos em um carro, que foi atingido 111 vezes. Outro epis�dio violento foi a morte de Maria Eduarda Alves, de 13 anos, alvejada no p�tio da escola enquanto PMs do 41.� faziam opera��o no local, em 2017.

Nesta quarta-feira, 21, o MP refor�ou com cinco promotores a equipe que apura o caso Marielle, e a Pol�cia Civil voltou ao local do crime para esclarecer d�vidas.

Rocinha

Um PM e um morador foram mortos na noite desta quarta-feira em troca de tiros entre policiais e criminosos na Favela da Rocinha, na zona sul. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.

(Constan�a Rezende e Roberta Pennafort)


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