Um homem foi preso ap�s matar a mulher a facadas dentro de casa em Osasco, na regi�o metropolitana de S�o Paulo, na noite deste domingo, 1º. O crime foi descoberto pela pol�cia depois que o autor, S�lvio Augusto da Costa, de 39 anos, enviou fotos da v�tima para a filha dela pelo WhatsApp.
De acordo com a Secretaria da Seguran�a P�blica (SSP) do Estado de S�o Paulo, policiais militares foram � resid�ncia do casal na Rua Alc�ntara Malaquias Tiago, no bairro Helena Maria, por volta das 19 horas, mas encontraram o im�vel trancado. Eles, ent�o, pularam o muro e se depararam com o corpo da enfermeira Rosemiriam Adriana de Azevedo da Silva Leandro, de 47 anos, ca�do na cozinha, enquanto Costa estava na sala.
Ainda segundo a SSP, o homem confessou o crime e disse aos policiais que durante uma discuss�o a mulher teria ferido sua honra. As facadas atingiram a barriga e o pesco�o da v�tima.
O caso foi registrado como homic�dio qualificado de feminic�dio e viol�ncia dom�stica no 10º Distrito Policial (Jardim Baronesa) de Osasco.
Feminic�dio dentro de casa
A morte de Rosemiriam � mais uma que confirma a pesquisa feita pelo Minist�rio P�blico Estadual (MPE) de S�o Paulo, que apontou que dois ter�os dos feminic�dios no Estado s�o cometidos na casa da v�tima. Al�m disso, o crime foi executado com uma faca - em 58% dos casos s�o usadas armas brancas.
A pesquisa analisou estat�sticas de 121 cidades paulistas de mar�o de 2016 a mar�o do ano passado. O N�cleo de G�nero do MPE analisou 356 den�ncias apresentadas � Justi�a e divulgou o estudo. Dos registros, em 75% a v�tima tinha la�o afetivo com o agressor, como foi o assassinato de Rosemiriam.
A Lei do Feminic�dio - que prev� penas mais altas para condenados por assassinatos decorrentes de viol�ncia dom�stica ou por discrimina��o e menosprezo � mulher - completou tr�s anos de promulga��o em mar�o.
A lei classifica esses homic�dios como hediondos, dificultando, por exemplo, a progress�o da pena do condenado, al�m de elevar em at� um ter�o a pena final do r�u. Mas muitos dos crimes pass�veis de enquadramento como feminic�dio ainda n�o s�o registrados assim, dizem especialistas.
De acordo com a promotora Val�ria Scarance, coordenadora do N�cleo de G�nero do MPE, um dos m�ritos do estudo � tentar desmistificar informa��es, como as que indicam que a maioria dos casos � praticada aos fins de semana. O estudo mostra que 68% dos crimes aconteceram durante a semana e 39%, durante o dia.
Para cometer os crimes, a maioria (58%) usou armas brancas, como facas, ou ferramentas (11%), como martelo. O uso de arma de fogo foi constatado em 17% dos crimes.
(Felipe Cordeiro)