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Estado de Minas

Tentativa de fuga deixa 21 mortos no Par�; CNJ alertou sobre falhas em cadeia


postado em 11/04/2018 07:30

S�o Paulo e Bel�m, 11 - Ao menos 21 pessoas morreram em uma troca de tiros nesta ter�a-feira, 10, ap�s presos tentarem fugir do Centro de Recupera��o Penitenci�rio do Par� III (CRPP III), considerado de seguran�a m�xima, em Santa Izabel do Par�, regi�o metropolitana de Bel�m. No m�s passado, o Conselho Nacional de Justi�a (CNJ) publicou relat�rio alertando sobre risco de fuga na unidade. Entre os problemas de seguran�a, o �rg�o apontou "facilidade de resgate com apoio externo", �reas de "vulnerabilidade" apenas com alambrado e "suspeita da articula��o de internos com outras casas penais".

Por volta das 14 horas, um grupo externo, armado de fuzis, carabinas, pistolas e rev�lveres, saiu a p� de um matagal e se aproximou da unidade - uma das nove que integra o Complexo Santa Izabel, onde est�o os presos mais perigosos do Par� -, de acordo com as investiga��es. Os criminosos, ent�o, usaram explosivos contra o muro da �rea do sol�rio.

Nessa hora, um grupo de detentos que estava nos Pavilh�es C e D atirou contra agentes penitenci�rios e fez outros de ref�m. Eles tinham tr�s armas de fogo. O carcereiro Guardiano Santana, de 57 anos, morreu e outros cinco foram feridos. Desses, quatro est�o internados. Todos trabalhavam na �rea interna do CRPP III.

Houve troca de tiros entre os criminosos e o Batalh�o Penitenci�rio, respons�vel pela seguran�a do local. No confronto, 20 pessoas morreram. Segundo a Secretaria Estadual de Seguran�a P�blica e Defesa Social (Segup), 15 mortos eram presos da unidade e outros 5 eram do grupo externo que participava da tentativa de fuga.

Para o secret�rio Luiz Fernandes, titular da pasta no Par�, a a��o dentro e fora do pres�dio foi "orquestrada". "Atacaram a unidade ao mesmo tempo", disse. "No local, o n�vel de alerta � sempre alto porque j� foi alvo de outros ataques. Talvez por isso a seguran�a tenha conseguido o revide."

Ap�s o tiroteio, a administra��o deu in�cio � contagem e revista dos presos, al�m de verifica��o de danos sofridos pela unidade e in�cio do trabalho de per�cia. �s 20 horas, n�o havia informa��es de fuga. "Est�o sendo feitas buscas na �rea externa porque ainda pode existir algum participante", disse o secret�rio. Com o bando, foram apreendidos dois fuzis, tr�s pistolas e dois rev�lveres, segundo a pasta.

� reportagem, Fernandes afirmou que, por enquanto, n�o havia informa��es de que o ataque estaria relacionado a algum grupo do crime organizado. "O Estado n�o faz propaganda para fac��o", respondeu, ainda, ao ser questionado qual deles teria maior influ�ncia na unidade prisional. Tamb�m disse que, at� o momento, n�o era poss�vel afirmar se a a��o para possibilitar a fuga tinha como objetivo resgatar algum preso espec�fico.

Equipes da Pol�cia Civil do Par� foram deslocadas at� a penitenci�ria. Entre elas, havia investigadores da Divis�o de Homic�dios e uma da Divis�o de Repress�o ao Crime Organizado (DRCO).

Risco de fuga

Relat�rio do CNJ publicado em 19 de mar�o apontou uma s�rie de problemas de seguran�a no CRPP III, destinado a presos do sexo masculino que j� receberam condena��o. Com 432 vagas, a penitenci�ria estava superlotada, abrigando, ao todo, 660 detentos - 52,7% a mais do que a capacidade, segundo o �rg�o.

"O Centro de Recupera��o Penitenci�ria do Par� III - CRPP III, conforme relatado na �ltima inspe��o, apresenta pontos de extrema vulnerabilidade, o que tem ensejado recorrentes fugas em massa", diz o relat�rio. Nele, tamb�m � mencionado uma tentativa de fuga no dia 23 de janeiro, durante o banho de sol dos presos.

Segundo o documento, a unidade apresentava "facilidade do resgate realizado com apoio externo, inclusive com foragidos". "Situa��o absolutamente alarmante, insustent�vel e recorrente", continua o texto, referente a janeiro. Entre as medidas, o CNJ pede a constru��o "urgente" de uma "muralha para isolamento da Casa Penal", al�m de refor�o na "seguran�a da �rea de visita, que n�o det�m muralha, mas apenas um alambrado e concertina". "Inaceit�vel para um pres�dio de alta seguran�a", afirma. Tamb�m diz existir "suspeitas de articula��o dos internos com outras casas penais, bem como de foragidos (...) que arremessam objetos il�citos para dentro".

Na �ltima vistoria, o CNJ encontrou "armas de fogo ou instrumentos capazes de ofender a integridade f�sica", al�m de 49 aparelhos de comunica��o ou acess�rios. O secret�rio Luiz Fernandes diz desconhecer o relat�rio, mas afirma que contratou a constru��o de uma muralha em unidade do complexo. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.

(Felipe Resk e Roberta Paraense, especial para o Estado)


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