Bras�lia, 11 - O ministro interino da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, afirmou, ap�s cerim�nia no Pal�cio do Planalto que n�o h� a��es represadas na interven��o da seguran�a no Rio de Janeiro por problemas or�ament�rios e que a verba de R$ 1,2 bilh�o definida pelo presidente Michel Temer ainda n�o foi operacionalizada. "Existe todo um planejamento desse recurso. A prioriza��o e destina��o para onde v�o", disse o general que anunciou que nesta quarta-feira, 11, foi assinado o decreto com a cria��o de 67 cargos para trabalhar na interven��o. A burocracia para a transfer�ncia desses cargos de outros �rg�os era uma das queixas do Minist�rio da Seguran�a P�blica.
Segundo informa��es obtidas pelo jornal
O Estado de S. Paulo
, as a��es no Rio est�o atualmente sendo feitas com recursos remanejados da Defesa e do Estado do Rio. "Represadas (as a��es) talvez n�o tenha representado bem a ideia. Tem certas a��es que est�o planejadas para serem executadas, mas n�o h� nada represado por problema or�ament�rio", disse. Luna e Silva disse que a interven��o est� indo "no ritmo". "� toda uma organiza��o a ser feita. Uma interven��o n�o se toca do dia para a noite", afirmou. Segundo o ministro, os resultados podem ainda n�o estar sendo muito percept�veis. "Mas em termos de organiza��o, de planejamento e de gest�o est�o sendo feitos", completou.
O secret�rio de Seguran�a P�blica do Rio de Janeiro, general Richard Nunes, ap�s reiterar que a realiza��o de opera��es no Estado n�o est�o represadas por falta de recursos, explicou que h� 63 a��es planejadas, "que ser�o executadas quando a oportunidade se fizer, e n�o tem nada a ver com recursos". Em seguida, o general Richard informou que dentre as 63 opera��es, algumas j� estavam planejadas anteriormente � interven��o e n�o haviam sido desencadeadas e ser�o executadas agora e outras foram planejadas agora e, neste caso, algumas est�o sendo executadas e outras ainda ser�o feitas. "Tem de tudo um pouco. Algumas j� estavam planejadas e outras foram inseridas mais recentemente, em fun��o do que a gente vai investigando", declarou ele.
Questionado se � injusta a cobran�a por resultado na interven��o no Rio, o general Richard Nunes respondeu: "cobran�a por resultado � coisa normal. Todo mundo quer isso na sociedade, quer uma vida melhor e n�s estamos trabalhando para isso, com muito otimismo". E emendou: "o Rio de Janeiro tem que virar essa p�gina e n�s temos que ter otimismo. Se todos colaborarem, num esfor�o conjunto, que n�s estamos tentando virar um quadro de d�cadas de problemas, n�s vamos chegar la". Para o secret�rio de seguran�a do Rio, "j� h� uma melhora at� no estado de esp�rito das pessoas".
Sem citar a opera��o do fim de semana, quando mais de 140 milicianos foram presos na zona Oeste do Rio, o ministro da Defesa destacou que "j� h� a��es que deram resultados bem recentes" e afirmou que outras opera��es vir�o.
"Teremos algumas opera��es essa semana que dar�o resultados muito maior. Tem havido treinamento de pessoal da policia, aquisi��o de meios, ent�o os resultados v�o come�ar a aparecer. A redu��o da criminalidade j� est� presente", disse.
Marielle
Questionado sobre as investiga��es a respeito do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Pedro Gomes, o ministro disse que por serem sigilosas "� importante que as informa��es fiquem restritas ao grupo que est� trabalhando" nas investiga��es. Segundo ele, o objetivo � identificar os criminosos, a inten��o e o que est� por traz do crime. "� um processo. Est� avan�ando, mas essas informa��es est�o todas restritas ao grupo que est� fazendo a investiga��o", declarou.
Interino
Silva e Luna tamb�m respondeu indaga��es a respeito de continuar interino no cargo, mesmo depois de o presidente Michel Temer ter dado posse e efetivado diversos ministros. Segundo ele, a interinidade "em nada" atrapalha o seu trabalho e Temer n�o conversou com ele sobre isso. "Essa conversa n�s n�o tivemos, mas entendo que essa decis�o est� com ele", afirmou.
(T�nia Monteiro e Carla Ara�jo)