(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Australiano atropelado em Copacabana foi condenado por pedofilia


postado em 13/04/2018 00:30

Condenado por pedofilia e foragido da pol�cia, o australiano Christopher John Gott, de 63 anos, passou os �ltimos 22 anos vivendo tranquilamente em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, como um pacato professor particular de Ingl�s. Sua verdadeira identidade s� foi descoberta depois que ele se tornou v�tima de um atropelamento cinematogr�fico em janeiro, quando um carro desgovernado invadiu o cal�ad�o da orla, matando um beb� e deixando 17 pessoas feridas. A pol�cia investiga agora se ele teria cometido algum crime no Pa�s, al�m do uso de documento falso.

A hist�ria foi revelada na edi��o de ter�a-feira, 10, do jornal The Australian. De acordo com a reportagem, a pol�cia australiana estaria colaborando com autoridades internacionais para avaliar a possibilidade de pedir a extradi��o do criminoso. A sa�da de Gott do Brasil, no entanto, pode ser negada por causa de seu estado de sa�de.

Logo ap�s o acidente, o australiano foi levado para o Hospital Miguel Couto, onde est� internado at� hoje "em estado grave" e "inconsciente", segundo informa��es da Secretaria Municipal de Sa�de.

M�dicos ouvidos pela reportagem afirmam que a chance de ele sair do coma e recobrar a consci�ncia � �nfima.

Na ocasi�o do atropelamento, Gott foi identificado como Daniel Marcos Philips, de 68 anos, de acordo com o passaporte que portava, e a Embaixada Australiana foi notificada do acidente. No entanto, n�o havia na Austr�lia registro de nenhum cidad�o com esse nome.

De posse das digitais, a Pol�cia Federal daquele pa�s abriu uma investiga��o em busca da real identidade da v�tima do acidente. Concluiu-se ent�o que o passaporte usado por ele no Brasil era falso e que, na verdade, se tratava de um condenado, foragido desde 1996.

Procurada pelo jornal

O Estado de S.Paulo

, a Embaixada da Austr�lia no Brasil afirmou que n�o vai se pronunciar sobre o caso.

Gott nasceu em Melbourne e trabalhou como professor do ensino m�dio na cidade de Darwin at� 1994, quando foi preso ap�s 17 den�ncias de abuso sexual de crian�as, entre elas o estupro de uma menor de 14 anos, segundo The Australian. Ele foi condenado a seis anos de pris�o, mas conseguiu fugir do pa�s dois anos depois, assim que sua liberdade condicional foi concedida, com um passaporte falso.

O Departamento de Recupera��o de Ativos e Coopera��o Jur�dica Internacional (DRCI) do Minist�rio da Justi�a do Brasil informou � reportagem que n�o pode se manifestar sobre o tema ou mesmo "sobre a mera exist�ncia ou n�o de um pedido de extradi��o, porque poder� por em risco a investiga��o em andamento".

A Pol�cia Federal informou que "atrav�s de sua representa��o da Interpol no Rio de Janeiro tem atuado junto com a Pol�cia Civil Estadual na busca de dados sobre o cidad�o australiano internado no Hospital Miguel Couto". Ainda de acordo com a nota, "o referido cidad�o j� foi adequadamente identificado, e a representa��o da Interpol no Brasil mant�m a interlocu��o com as autoridades australianas para eventuais procedimentos futuros relacionados ao caso".

Atropelamento

O atropelamento aconteceu na noite do dia 18 de janeiro, quando Ant�nio Almeida Anaquim, de 41 anos, perdeu o controle do carro que dirigia na Avenida Atl�ntica, na altura da Rua Figueiredo de Magalh�es. O acidente foi por volta das 21 horas, em uma noite extremamente quente do ver�o carioca, em que o cal�ad�o ainda estava lotado.

O carro, sem controle, subiu no cal�ad�o, matando a beb� Maria Louise, de apenas 8 meses, e ferindo 17 pessoas, entre elas o australiano.

Em sua defesa, o motorista afirmou que sofreu um ataque epil�tico enquanto dirigia e perdeu a consci�ncia. Rem�dios para epilepsia foram encontrados no carro. No entanto, durante o processo de obten��o da carteira de motorista, Anaquim n�o declarou sofrer de epilepsia. Ele foi indiciado por homic�dio culposo (em que n�o h� a inten��o de matar).


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)