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Estado de Minas

Morte de Marielle completa 30 dias. Veja o pouco que se sabe at� agora

Investiga��o dos assassinatos da vereadora e do motorista Anderson Gomes segue em sigilo. Atos por justi�a est�o programados em v�rios estados e pa�ses


postado em 13/04/2018 19:16 / atualizado em 13/04/2018 19:21

(foto: Reprodução )
(foto: Reprodu��o )

"O mandato de uma mulher negra, favelada, perif�rica, precisa estar pautado junto aos movimentos sociais, junto � sociedade civil organizada, junto a quem est� fazendo algo para nos fortalecer naquele local. E a gente objetivamente n�o se reconhece, n�o se encontra, n�o se v�. A liga��o � o que eles apresentam como nosso perfil. Ent�o, � preciso ter a nossa casa, ter o nosso lugar, ter o nosso per�odo, ter o nosso lugar de resist�ncia. Porque a gente sabe que a gente t� ativa, t� lutando e t� resistindo o tempo todo, mas com alguns per�odos onde a gente se fortalece na luta."

Nas imagens de um ao vivo transmitido pelo Facebook � poss�vel ver Marielle Franco sorrindo e fazendo gestos enquanto pede �s mulheres da roda para que o evento "Jovens Negras Movendo Estruturas" fosse um bate-papo descontra�do, "pelas dores e pela resist�ncia das mulheres negras". Era 14 de mar�o quando, por mais de uma hora e meia, em uma sala na Rua dos Inv�lidos, na Lapa, no Rio de Janeiro, o grupo de mulheres seguiu a proposta da vereadora e debateu quest�es importantes para o reconhecimento da mulher negra na sociedade brasileira. No mesmo dia, poucas horas depois do encontro, Marielle foi executada. H� exatos 30 dias. Desde ent�o, pouco se sabe sobre o que, de fato, motivou a morte da vereadora carioca, de 38 anos. Muito menos quem s�o os assassinos, dela e de seu motorista, Anderson Pedro M. Gomes, 39.

"Pra sair daqui com o corpo, com o cora��o e com a mente fortalecida para as batalhas que vir�o", concluiu Marielle Franco ao fim da transmiss�o naquele dia. Momentos depois, no entanto, o rosto, as ideias, o ativismo e a vida da vereadora foram expostos na m�dia e na internet em publica��es sobre o brutal assassinato dela e de Anderson.

At� hoje ningu�m foi preso ou apontado pelos investigadores como suspeito pela dupla execu��o. As apura��es, segundo a Pol�cia Civil do Rio de Janeiro, com apoio da Pol�cia Federal (PF), seguem em sigilo e com muita press�o popular por avan�os, mas sem um ponto final.
 
No dia seguinte aos assassinatos, o Minist�rio P�blico Federal (MPF) instaurou um procedimento instrut�rio que podia resultar na federaliza��o da investiga��o. A iniciativa de propor uma federaliza��o da persecu��o penal partiu da procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge, um aviso de que os �rg�os federais est�o acompanhando de perto o crime ainda sem solu��o.

A Comiss�o Interamericana de Direitos Humanos da Organiza��o dos Estados Americanos (OEA) tem cobrado das autoridades brasileiras a apura��o dos assassinatos. Uma audi�ncia est� marcada para 9 de maio na Rep�blica Dominicana, onde comiss�rios da organiza��o devem questionar representantes do estado sobre o crime e sobre a situa��o da interven��o militar no Rio de Janeiro. 



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