Quatro pessoas est�o desaparecidas depois que um pr�dio de 24 andares desabou devido a um inc�ndio de grandes propor��es no Largo do Paissandu, no centro de S�o Paulo, na madrugada desta ter�a-feira, 1º. Um edif�cio vizinho tamb�m pegou fogo nos tr�s primeiros andares, mas n�o corre risco de colapso. A Igreja Evang�lica Luterana, que fica ao lado do pr�dio em chamas, tamb�m pegou fogo e parte da estrutura desabou. Os bombeiros ainda buscam por v�timas sob os escombros no in�cio desta manh�.
Situa��o mega tensa aqui no Centro de S�o Paulo. Ainda n�o h� informa��es sobre v�timas. pic.twitter.com/EIriHKpZOE
%u2014 Rodrigo Rodrigues (@r_rrodrigues) 1 de maio de 2018
Em entrevista � R�dio Eldorado, o porta-voz do Corpo de Bombeiros, Marcos Palumbo, confirmou que uma pessoa morreu durante o desabamento do pr�dio em chamas. A v�tima estava sendo resgatada por corda pelos militares quando a estrutura do pr�dio desabou. Pouco depois, no entanto, a corpora��o voltou atr�s e confirmou apenas desaparecidos. Apesar da dificuldade, o Corpo de Bombeiros espera encontrar sobreviventes.
Durante a entrevista, o porta-voz do Corpo de Bombeiros ressaltou que o pr�dio j� havia passado por vistoria, na qual foram relatadas as p�ssimas condi��es do local �s autoridades do munic�pio. Em um segundo momento, o objetivo � apurar quais autoridades receberam as informa��es sobre as condi��es do pr�dio. De acordo com a corpora��o, os compartimentos entre os andares eram divididos por madeira, o que ajudou a propagar as chamas.
O Corpo de Bombeiros afirmou ainda que era muito dif�cil entrar no local para verificar as condi��es do edif�cio, em raz�o da resist�ncia dos ocupantes.
O governador de S�o Paulo, M�rcio Fran�a, tamb�m esteve no local para acompanhar o trabalho de resgate.
O pr�dio que desabou tinha mais de 20 andares e era uma antiga instala��o da Pol�cia Federal. Segundo comerciantes do entorno, o local era ocupado ilegalmente. Antes de ruir, algumas pessoas pediam socorro no �ltimo andar. As chamas come�aram no quinto andar, alastrando-se rapidamente para os n�veis superiores. Ao todo, 160 militares atuam no combate ao inc�ndio e no resgate das v�timas.
A Defesa Civil Estadual est� no local e realiza cadastramento de todas as fam�lias que poderiam estar no pr�dio no momento do inc�ndio.
Um edif�cio vizinho tamb�m foi atingido e as chamas se espalharam por tr�s andares. Ele foi esvaziado e interditado. Segundo o Corpo de Bombeiros, o risco de colapso � m�nimo e n�o h� v�timas deste inc�ndio.
A Pol�cia Militar (PM) e a Companhia de Engenharia de Tr�fego (CET) foram acionadas e auxiliam os trabalhos na regi�o. Ambul�ncias do Servi�o de Atendimento M�vel de Urg�ncia (SAMU) est�o de prontid�o para atender as v�timas.
Comerciantes da regi�o relatam correria nas ruas, com clientes deixando hot�is vizinhos �s pressas. As testemunhas dizem que quebraram vidra�as, espalhando-se rapidamente pelos andares e atingindo os pr�dios vizinhos.
"Eu estava em hor�rio de servi�o e escutei v�rias pessoas gritando, barulho de vidros caindo. Quando fui ver o que era, as ruas, que estavam desertas, ficaram cheias de pessoas desesperadas", disse o recepcionista Fl�vio Gabia, que trabalha em um hotel no Largo do Paissandu. Segundo ele, v�rios clientes deixaram o estabelecimento quando viram o inc�ndio. Um hotel ao lado dos edif�cios em chamas tamb�m foi esvaziado e interditado.
Devido ao combate �s chamas, a CET interditou o trecho entre a Avenida Rio Branco e a Rua Ant�nio de God�i e recomenda aos motoristas que evitem passar pela regi�o do Largo do Paissandu. Tr�s quarteir�es est�o fechados.
(Paulo Roberto Netto e Renata Okumura)