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Estado de Minas

Laudo de janeiro de 2017 j� apontava risco de inc�ndio em pr�dio que desabou


postado em 03/05/2018 07:24

S�o Paulo, 03 - Um laudo de sete p�ginas, feito pela Prefeitura de S�o Paulo ainda em janeiro do ano passado, atesta que o Edif�cio Wilton Paes de Almeida, que desabou na segunda-feira, 30, ap�s pegar fogo, "n�o reunia condi��es m�nimas de seguran�a contra inc�ndio", por causa das instala��es el�tricas prec�rias. O documento serviu de base para que o Minist�rio P�blico Federal enviasse, ainda no ano passado, uma recomenda��o � Superintend�ncia do Patrim�nio P�blico da Uni�o (SPU/SP) para que fosse feita uma "reforma estrutural emergencial" no pr�dio do Largo do Pai�andu, que acabou n�o sendo realizada.

A recomenda��o pedia, entre outros pontos, que se instalassem dispositivos como extintores. O inqu�rito da Procuradoria da Rep�blica afirma que, ao receber a recomenda��o das obras de emerg�ncia, o superintendente da SPU, Robson Tuma, respondeu que havia iniciado uma negocia��o para o repasse do im�vel � Prefeitura. Segundo a Procuradoria, a superintend�ncia "informou ainda que a reforma e demais medidas recomendadas pelo MPF seriam comunicadas ao ente municipal", que tamb�m poderia fazer a desocupa��o da �rea.

Tuma n�o foi localizado nesta quarta-feira, 2, para comentar o caso. O MPF abriu dois inqu�ritos, um de improbidade administrativa para apurar responsabilidades pela trag�dia, e outro para acompanhar realoca��o e poss�vel indeniza��o das v�timas.

Ao confirmar que a Prefeitura j� sabia das condi��es prec�rias do im�vel, o prefeito Bruno Covas (PSDB) afirmou nesta quarta que "o laudo fala por si". Para ele, a Prefeitura vinha fazendo o que lhe cabia na situa��o. "Se a Prefeitura n�o quisesse participar do problema, n�o teria procurado o governo federal. N�o se furtou de resolver o problema", afirmou, ao comentar que a Secretaria da Habita��o havia feito seis reuni�es, j� neste ano, ap�s o conv�nio com a SPU, com os moradores do pr�dio que ruiu.

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Na vistoria de janeiro do ano passado, os t�cnicos da Prefeitura apontaram que a parte el�trica do pr�dio tinha "uma s�rie de inadequa��es". O documento traz anexa uma foto em que � poss�vel ver disjuntores instalados em uma placa de madeira, com v�rios fios expostos. Abaixo, escrito a m�o, "est� expressamente proibido mexer nos disjuntores". H� outras cinco imagens exibindo fios el�tricos expostos.

Os t�cnicos anotaram tamb�m o fato de n�o terem encontrado nenhum extintor de inc�ndio nos dez andares visitados. "O sistema de hidrantes encontra-se inoperante, n�o havendo mangueiras e acess�rios necess�rios ao funcionamento." As falta de condi��o de se escapar de um eventual inc�ndio tamb�m foram descritas no relat�rio, que citou a falta de luzes de emerg�ncia, de alarmes e tamb�m de corrim�o nas escadarias.

Vistorias

A partir de segunda-feira, a Prefeitura come�ar� a vistoriar cerca de 70 pr�dios ocupados por movimentos de moradia, "a maioria na regi�o central", segundo Bruno Covas. A ideia � negociar, com os movimentos, a entrada dos t�cnicos da Defesa Civil e da Secretaria Municipal da Habita��o. Constatada a necessidade de interven��es, os t�cnicos poder�o propor mudan�as aos pr�prios moradores.

Mas o Secret�rio Municipal da Seguran�a Urbana, Jos� Roberto Rodrigues, afirmou que, dependendo do qu�o cr�ticas forem as condi��es dos edif�cios, a Prefeitura poder� buscar formas judiciais de garantir a interdi��o dos edif�cios. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.

(Bruno Ribeiro)


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