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Estado de Minas

Reconstitui��o do assassinato de Marielle dura mais de 5 horas


postado em 11/05/2018 07:54

Rio, 11 - A reconstitui��o do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, iniciada �s 22h53 desta quinta-feira, 10, na esquina das ruas Jo�o Paulo I e Joaquim Palhares, no Est�cio, regi�o central do Rio, onde o crime foi cometido, terminou �s 4h20 desta sexta-feira, dia 11.

O modelo da arma usada no crime, a dist�ncia e o �ngulo em que os tiros foram disparados e at� mesmo o grau de per�cia do assassino s�o algumas das informa��es que os policiais da Divis�o de Homic�dios esperam obter com a reprodu��o simulada que durou cinco horas e meia.

A imprensa n�o pode acompanhar a reconstitui��o, da qual participaram peritos da Pol�cia Civil e delegados da Delegacia de Homic�dios do Rio, que investiga o caso. O local do crime foi cercado com lona preta e fot�grafos tentaram fazer registros a partir de pr�dios das imedia��es - mas pelo menos duas �rvores atrapalham a vis�o de cima. Ao final, nenhum participante da simula��o concedeu entrevista � imprensa.

O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), que n�o presenciou o crime mas chegou ao local minutos depois, participou da reconstitui��o, assim como a assessora de Marielle - que estava com ela no carro quando o crime ocorreu e sobreviveu ilesa - e outras testemunhas do crime.

�s 2h51 foram ouvidos os primeiros tiros - uma rajada deles. Foi usada muni��o verdadeira para que os peritos avaliassem a repercuss�o sonora e outras circunst�ncias. Foram disparados tiros em outros quatro momentos - tanto rajadas como tiros pontuais.

"Essa atividade (a simula��o) � muito importante principalmente em investiga��es complexas como esta", explicou o delegado Giniton Lages, da Divis�o de Homic�dios, respons�vel pela investiga��o do crime. "Como n�o temos a imagem do momento do crime, a reprodu��o simulada � uma ferramenta imprescind�vel", disse.

V�rias c�meras de vigil�ncia registraram o trajeto de Marielle Franco e de seu motorista na noite do crime, dia 14 de mar�o. Imagens colhidas pelos investigadores mostram a parlamentar saindo da C�mara dos Vereadores e pegando o carro para seguir at� a Casa das Pretas, na Lapa, na �rea central do Rio, onde tinha uma reuni�o com lideran�as do movimento negro.

Outras imagens mostram quando Marielle, Anderson e uma assessora deixam a Casa das Pretas e t�m seu carro seguido por um Cobalt. Entretanto, no local exato em que o ve�culo � alvejado, as c�meras de seguran�a da rua n�o estavam funcionando. E � exatamente este momento que os policiais querem reviver durante a simula��o.

"Contamos com quatro testemunhas presenciais e elas voltam ao cen�rio do crime para que atrav�s de suas percep��es auditivas e visuais possamos reconstruir a din�mica do crime", explicou o delegado. As testemunhas seriam pessoas que estavam no local no momento dos assasssinatos.

A reprodu��o usa armas e muni��es reais justamente para que as testemunhas possam identificar, por exemplo, o modelo da arma usada no crime por meio do som dos disparos. "Que tipo de disparo foi realizado? Era uma rajada? Era intermitente?", exemplificou o delegado, que conversou com os jornalistas um pouco antes do in�cio da simula��o. "Essas s�o perguntas importantes para a continuidade das investiga��es."

O tr�nsito nas imedia��es da esquina das ruas Jo�o Paulo I e Joaquim Palhares, no Est�cio, no Centro, foi interditado �s 20h04, mas os preparativos come�aram muito antes, por volta das 10h. Lonas pretas, grades de prote��o e sacos de areia foram dispostos na �rea ao longo do dia.

O espa�o a�reo sobre a �rea foi fechado e at� o uso de drones foi proibido. A circula��o de pedestres tamb�m foi interditada e mesmo o tr�nsito de moradores foi restrito durante toda a simula��o. Cerca de 200 homens da PM e do Ex�rcito foram mobilizados.

Sacos de areia foram dispostos para conter os disparos. Um Gol branco foi levado ao local pela Pol�cia Civil para se passar pelo ve�culo em que Marielle estava no momento da execu��o.

(Fabio Grellet)


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