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Estado de Minas

Ibama identifica 1.277 animais silvestres oferecidos por perfis no Facebook


postado em 05/06/2018 20:36

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov�veis (Ibama), junto com as pol�cias Federal, Civil e Ambiental, come�ou nesta ter�a-feira, 5, Dia Mundial do Meio Ambiente, a Opera��o Teia em 15 Estados para combater o tr�fico ilegal de animais feito principalmente por vendas via redes sociais.

Os t�cnicos do Ibama identificaram 1.277 animais sendo oferecidos � venda por perfis no Facebook. Ao longo do dia, 137 animais foram resgatados e 12 pessoas foram presas em flagrante. Foram encontrados aves, r�pteis, mam�feros e aracn�deos. At� o momento foram aplicadas multas em torno de R$ 500 mil.

Foram emitidos 34 mandados de busca e apreens�o no Amazonas, Bahia, Cear�, Esp�rito Santo, Goi�s, Minas Gerais, Mato Grosso, Par�, Para�ba, Pernambuco, Paran�, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe e S�o Paulo, onde est� a maioria dos casos. A opera��o segue pelos pr�ximos dias.

Em Franco da Rocha, Regi�o Metropolitana de S�o Paulo, foi encontrada numa casa 6 jabutis, uma tartaruga de orelha vermelha, um sabi�-laranjeira, um sagui, uma iguana e uma cobra do milho, que n�o � nativa. Os fiscais haviam chegado ao local ap�s den�ncia na chamada Linha Verde do Ibama. No local foi encontrado um homem cuidando dos animais. Seu filho seria o respons�vel por postagens no Facebook.

No Rio, dois homens, pai e filho, foram presos em flagrante pela Pol�cia Federal na tarde desta ter�a-feira. Carlos Augusto da Silva Santos e Gustavo Sant�Anna Santos foram capturados em casa, em Sant�ssimo, na zona norte. Eles anunciavam os animais - lagartos, aranhas, aves, cobras e jabutis - tamb�m pelo Facebook, segundo o delegado Anderson Bichara.

Uma equipe com de mais de 20 policiais federais cumpriu quatro mandados de busca e apreens�o nos munic�pios do Rio, Niter�i e S�o Jo�o de Meriti. Foram apreendidos lagartos, aranhas, cobras, p�ssaros e jabutis, que ser�o encaminhados a entidades de prote��o aos animais.

Pai e filho vinham sendo monitorados pela PF. Eles foram presos sem que fosse poss�vel pagamento de fian�a, uma vez que incorreram em crimes cujas penas somaram mais do que quatro anos, explicou o delegado: posse ilegal de animais da fauna silvestre e maus tratos, o que fere a Lei de Crimes Ambientais, al�m de recepta��o qualificada e falsifica��o de selo p�blico (por uso de anilhas falsas).

De acordo com o Ibama, a rede social vem sendo usada como ferramenta para o tr�fico de animais. Apesar de o Facebook expressamente proibir que a rede seja usada para a venda de animais, diversos perfis com esse tipo de neg�cio podem ser encontrados. Essa � a segunda opera��o do Ibama visando a rede. Na primeira, por�m, a a��o se baseou mais em den�ncias. Desta vez, partiu de uma investiga��o pr�-ativa de pesquisa e identifica��o de traficantes.

�Durante a investiga��o encontramos 1.277 animais sendo expostos para venda e 85 exibidos sendo mantidos em cativeiro. Para 30 deles, conseguimos comprovar que houve a venda. Alguns morreram nesse meio tempo�, disse � reportagem Roberto Cabral, coordenador de opera��es e fiscaliza��o do Ibama. "� um volume significativo se considerarmos que esse � o �ltimo ponto antes do consumidor final."

Segundo ele, os traficantes que comercializam pelas redes t�m um ganho alto com um risco m�nimo. "No Nordeste, um jabuti como esse que encontramos � vendido ilegalmente por R$ 5, R$ 7 numa feira. Quando chega aqui e vai para o Facebook, sai por R$ 40, at� R$ 80. Como n�o conseguimos mexer no ganho dele, temos de aumentar o risco de ele fazer essa venda", aponta.

Outro lado

Procurado pela reportagem, o Facebook informou, por meio de nota, que "remove qualquer conte�do desse tipo assim que fica ciente e fornece �s autoridades os dados requisitados seguindo a legisla��o". Informou tamb�m que encoraja "as pessoas a denunciarem conte�dos question�veis na plataforma para que nossos especialistas possam revisar esses materiais rapidamente."

Para o �rg�o ambiental, era importante que a rede n�o s� removesse o conte�do, mas tamb�m usasse mecanismos de filtro para impedir que esse tipo de postagem fosse feito antes de mais nada. A rede n�o se pronunciou a respeito.

(Giovana Girardi e Roberta Pennafort)


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