Em decorr�ncia das den�ncias apresentadas pelo Minist�rio P�blico Federal em Paranava� (PR) no �mbito da Opera��o Celeno, a Justi�a Federal j� condenou 50 acusados a um total de 553 anos de reclus�o, entre eles l�deres de quatro grandes organiza��es criminosas envolvidas no maior esquema de importa��o de anabolizantes e eletr�nicos por meio a�reo j� realizado no Brasil.
As informa��es foram divulgadas pela Assessoria de Comunica��o do Minist�rio P�blico Federal no Paran�.
No �mbito da Opera��o Celeno tamb�m j� foi decretado o perdimento de 12 aeronaves, 63 autom�veis e 26 im�veis, al�m de quantias em dinheiro, joias, eletr�nicos e de cavalos de ra�a, estipulando como valor m�nimo para repara��o de danos � Uni�o o total de R$ 116,35 milh�es.
A �ltima senten�a sobre o caso foi dada no dia 3 nos autos da a��o penal n� 5001736-73.2016.404.7011, e ainda h� outras pendentes de julgamento.
Na s�rie de den�ncias apresentadas, a Procuradoria pediu a condena��o dos r�us, solidariamente, � repara��o m�nima dos danos, indicando a quantia de R$ 57,79 milh�es.
Entre os denunciados est�o agentes da Pol�cia Federal e da Pol�cia Civil de S�o Paulo, informou a Procuradoria.
"Os grupos agiam no Paraguai e nos estados do Paran�, S�o Paulo e Minas Gerais. Durante as investiga��es foi constatado que as organiza��es, quase que diariamente, conduziam aeronaves de Salto Del Guair�, no Paraguai, at� pistas clandestinas no interior de S�o Paulo."
As mercadorias eram encaminhadas para entrepostos de armazenamento, de onde eram transportadas por caminh�es at� os destinat�rios finais.
Os processos que tramitam na Justi�a Federal revelam 585 voos clandestinos, e tamb�m a pr�tica dos crimes de organiza��o criminosa internacional e de favorecimento real.
Em 26 de outubro de 2015 o caso ganhou repercuss�o nacional quando uma das aeronaves foi for�ada a pousar no Aeroporto Edu Chaves, em Paranava�, depois de ser alvejada pela For�a A�rea Brasileira (FAB), quando retornava ao Paraguai.
Cada aeronave levava cerca de 600 quilos em mercadorias, num valor estimado de US$ 500 mil por frete.
Os respons�veis pelos fretes a�reos eram contratados por agenciadores baseados em Foz do Igua�u, no Paran�, e em cidades do Paraguai.
Parte da comercializa��o dessas mercadorias acontecia em empresas dos pr�prios l�deres das organiza��es criminosas, estabelecidas em Ribeir�o Preto, no interior de S�o Paulo e tamb�m na capital paulista.
(Ricardo Brandt, Julia Affonso e Fausto Macedo)