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Estado de Minas GERAL

Alvos da Fada Madrinha aplicavam silicone industrial em transexuais, diz MPF


postado em 09/08/2018 10:50

Investigados da Opera��o Fada Madrinha, deflagrada nesta quinta-feira, 9, aplicavam silicone industrial em transexuais. A informa��o � do Minist�rio P�blico Federal (MPF), que trabalha em parceria com a Pol�cia Federal e com o Minist�rio P�blico do Trabalho na apura��o de tr�fico internacional de pessoas e o trabalho escravo.

As investiga��es apontam que o grupo traficou pelo menos 11 v�timas para a It�lia em 2017. O inqu�rito indica que as v�timas eram exploradas e enviadas para a It�lia ap�s procedimentos est�ticos arriscados, com uso de silicone industrial.

Segundo a Procuradoria da Rep�blica, o silicone industrial era usado com finalidade est�tica para modelagem de bocas, quadris e mamas. O emprego corporal da subst�ncia, usada para lubrificar m�quinas e motores, � proibido pela Anvisa e pelo Minist�rio da Sa�de, pois pode causar necrose, embolia, deformidades e at� a morte. Nos casos apurados, h� relatos de vazamentos do silicone e deforma��o corporal. As investiga��es indicam ainda o uso de pr�teses mam�rias reutilizadas, vencidas ou de baix�ssima qualidade nas v�timas do esquema.

Os alvos das pris�es usam redes sociais para aliciar pessoas transexuais com a promessa de participa��o em concursos de beleza na Europa. Propriet�rios de rep�blicas e pensionatos, alguns investigados oferecem procedimentos cir�rgicos para que as v�timas assumam corpos femininos antes de viajarem.

A Procuradoria afirma que, para se hospedarem nos locais e financiarem a transi��o corporal, as transexuais adquirem d�vidas alt�ssimas e se tornam prisioneiras dos criminosos, sendo reduzidas a condi��o an�loga � de escravo. O endividamento � agravado pelo superfaturamento das interven��es est�ticas e pelos altos valores cobrados para a remessa das v�timas ao exterior.

"Para conseguirem se manter na rep�blica, e com a sempre esperan�a de alcan�arem o sonho da identidade de g�nero e verem seus corpos transformados, elas se prostituem nas ruas da regi�o, n�o sendo a elas permitido voltar � casa sem o faturamento m�nimo do dia", ressalta o MPF. Al�m da explora��o sexual, as v�timas s�o submetidas a condi��es degradantes e t�m a liberdade restringida, n�o apenas em virtude das d�vidas contra�das, mas tamb�m por amea�as e viol�ncia f�sica.

A PF informou que 52 federais cumprem cinco mandados de pris�o preventiva e oito mandados de busca e apreens�o nas cidades de Franca (SP), S�o Paulo (SP), Goi�nia (GO), Aparecida de Goi�nia (GO), Jata� (GO), Rio Verde (GO) e Leopoldina (MG), todos expedidos pela 2� Vara Federal de Franca, SP.


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